sábado, 20 de dezembro de 2008

Agora Parece Ser Oficial!

Semana de 01 a 07 de dezembro de 2008


Mais do que uma simples contração da atividade econômica, a crise, caracterizada pela redução do nível de produção, pelas falências e pela elevação do nível de desemprego, denominada eufemisticamente de recessão, se transformou numa questão de reconhecimento oficial por parte das autoridades e órgãos governamentais de cada país. Estes órgãos, com “definições técnicas” e, na maioria das vezes, utilizando um “economês” de difícil compreensão para a maior parte da população, baseiam-se em critérios cujas razões não são explicadas e atestam se a economia está ou não em recessão.
Depois de vários países já terem admitido, com “certificado oficial”, estarem passando por umarecessão, no início deste mês, o respeitável National Bureau of Economic Research, grupo privado
americano, anunciou, por meio do seu comitê de “ciclo econômico” que, desde dezembro de 2007, a economia dos Estados Unidos está em recessão. Segundo o relatório divulgado pela entidade, que é a responsável pelo registro dos dados sobre a atividade econômica do país nos livros de história, esta é a primeira recessão nos EUA desde 2001, tendo o período de expansão durado 73 meses, de novembro de 2001 a dezembro de 2007.
Oficialmente, portanto, está declarado e constará nos registros da história econômica dos EUA que, a partir do final de 2007, a economia americana entrou em recessão. Com isto, o que nós já havíamos previsto, quando ainda nem sequer se cogitava a hipótese de uma redução do nível da atividade econômica mundial, recebeu uma certificação oficial. Uma breve consulta às Análises de Conjuntura nos arquivos do jornal Contraponto permite localizar frases, como a que foi publicada no dia 24 de dezembro de 2007: “todos os dados continuam a confirmar que estamos, novamente, prestes a assistir a um quadro de desaceleração do crescimento econômico mundial”. Hoje em dia isto parece óbvio, entretanto, naquela ocasião, a opinião predominante era a de que a crise estava relacionada apenas ao setor imobiliário americano.
Com o reconhecimento oficial da crise econômica, que já não era mais possível esconder, este tema se tornou comum ao jornalismo econômico, que vem divulgando um volume crescente de notícias indicando o agravamento do cenário internacional. Somente para citar alguns dados, nos Estados Unidos, centro das atenções, foram fechadas 533 mil vagas de trabalho, somente em novembro. Este foi o 11º mês consecutivo de retração do nível de emprego no país, fazendo com que a taxa de desemprego já chegue a 6,7%, a pior em 15 anos.
Na China, de acordo com Hu Jintao, presidente do país, a desaceleração está claramente reduzindo a demanda externa e exercendo pressão para enfraquecer as tradicionais vantagens competitivas chinesas. Com a redução das exportações, a produção da indústria vem diminuindo e os protestos de trabalhadores chineses contra o fechamento de fábricas não para de crescer. O Banco Mundial já revisou para baixo a sua previsão de crescimento para a China, de 9,2% para 7,5%, o que, se confirmado, seria a menor expansão em quase duas décadas.
No Brasil as fábricas estão ampliando as paralisações e a produção industrial registrou queda de1,7% entre setembro e outubro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 27 ramos de indústrias pesquisados, 15 cortaram a produção e a indústria de petroquímica foi a que mais se retraiu, com um corte de 11,6%. A indústria automobilística fechou o mês de novembro com 305.660 carros encalhados nos pátios das montadoras, o que, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), representa um custo de R$ 12 bilhões. Como resultado, além das demissões, a quantidade de trabalhadores colocados em férias coletivas, na indústria brasileira, não para de crescer. Somente a Companhia Vale do Rio Doce já demitiu 1300 operários e concedeu férias coletivas a mais 5500 empregados. No setor imobiliário, mais de R$ 7 bilhões em projetos de investimento já foram cancelados e a euforia do início do ano, que prometia volumes recordes de vendas e lançamentos de imóveis, nos fazendo lembrar do período do milagre econômico brasileiro, foi apagada. Com isso, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo já calcula que cerca de 100 mil funcionários do setor poderão perder o emprego até o final do ano.
Desta maneira, a economia brasileira, da mesma forma que entrou, com certo grau de defasagem, no movimento de expansão da economia global, continua atrasada em relação ao seu movimento de contração. No entanto, cada vez mais, não só empresários, mas entidades empresariais e sindicais, e mesmo autoridades do governo, vão sendo forçados a reconhecer a entrada na crise.
Enquanto aguardamos a expedição do nosso certificado oficial de recessão, a economia mundialprossegue em sua trajetória de queda, esta sim já reconhecida pelos certificados oficiais emitidos pelas autoridades e órgãos governamentais dos mais diversos países do mundo.

Texto escrito por:
Diego Mendes Lyra: Mestrando em economia, Professor Substituto do Departamento de Economia da UFPB e pesquisador do Progeb – Projeto globalização e crise na economia brasileira
(progeb@ccsa.ufpb.br)


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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

A encruzilhada da economia brasileira

Semana de 24 a 30 de novembro de 2008

As opiniões sobre a situação da economia brasileira diante da crise mundial dividem-se em dois blocos antagônicos. De um lado, analistas e empresários constatam a escassez de crédito, a redução dos investimentos e do emprego. De outro lado, a equipe econômica do governo, acreditando na “solidez” da economia brasileira, continua a afirmar que haverá apenas uma “desaceleração” em 2009. Para dar robustez às suas opiniões, veiculam informações positivas sobre a economia. Contudo, tais notícias devem ser lidas com cautela, porque os dados apresentados referem-se às apurações feitas até setembro, quando a crise ainda não se havia manifestado no Brasil.
Um destes dados é o aumento de 2% no consumo de alimentos, bebidas e produtos de limpeza em comparação com o mesmo período do ano passado (dados do instituto de pesquisa Latinpanel). Conforme o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, Sussumu Honda, o que colaborou para manter as vendas nos supermercados nos últimos meses foi o fato de que, ao contrário de outros setores que dependem do crédito, o setor supermercadista depende mais da renda do consumidor. Honda, entretanto, demonstra preocupação em relação ao primeiro trimestre de 2009, diante da perspectiva de queda do nível de empregos, que afetará o rendimento dos consumidores.
Outra fonte de preocupação para as famílias brasileiras é o aumento do nível dos preços. A mesma pesquisa da Latinpanel afirma que o preço médio da cesta de produtos subiu 8% entre o terceiro trimestre deste ano e o do ano passado.
A subida dos preços nos últimos 12 meses também foi observada pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que atingiu 6,54% e é considerada uma prévia da inflação oficial do país. Isto significa que a taxa de inflação já supera a meta, estabelecida pelo Banco Central, de no máximo 6,5%. Os responsáveis pela variação do índice foram os alimentos, especialmente a carne, o feijão preto, o arroz e o leite.
Diante disto, a previsão dos analistas é de que o Banco Central, em sua próxima reunião, decidirá manter a taxa básica de juros do país, a Selic, nos atuais 13,75%.
Estatísticas do Banco Central mostram ainda a restrição de crédito atual. Comparando a concessão de empréstimos nos oito primeiros dias úteis de outubro e de setembro, constata-se a redução de 13%. De outubro pra cá, mesmo com todas as medidas tomadas pelo governo para aumentar a liquidez, a concessão de crédito para as empresas teve alta de apenas 1,2% fazendo crescer o risco de quebra em série, especialmente das médias e pequenas empresas. As maiores, não conseguindo financiamento no exterior, voltaram-se para o mercado interno, restringindo ainda mais o espaço das menores.
Isso mostra que grande parte do dinheiro liberado pelo governo continua debaixo do colchão dos grandes bancos. Os bancos privados, por exemplo, aumentaram somente em 2% os financiamentos em outubro e concedem empréstimos com spread elevado (diferença entre o custo de captação do dinheiro e o juro cobrado aos clientes). Mesmo assim, o presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Fábio Barbosa, considera que “o sistema bancário não deixou de operar.”
Este cenário leva os empresários a revisarem os seus planos de investimentos. Montadoras de veículos, como a Peugeot-Citroen e a Volkswagen, diante da queda da demanda do mercado nacional e da queda das exportações, antecipam as férias coletivas para o início de dezembro, e a Fiat, General Motors e Renault param, visando reduzir os estoques. Nos primeiros meses do ano, os carros ficavam parados nos pátios das montadoras até 15 dias. Com a restrição de crédito em outubro, as vendas caíram 11% em relação ao mês anterior e nos últimos 38 dias os carros vêm se acumulando nos pátios das revendas e das montadoras. Em valores absolutos, o estoque já atinge 297,7 mil veículos.
As grandes operadoras de celular, como Vivo e TIM, reduziram suas compras, mesmo com perspectiva de vendas no natal. Na Zona Franca de Manaus, empresas de tecnologia divulgam cortes de 900 postos de trabalho. Tal fato soma-se ao anúncio da Xerox de encerrar a produção no Amazonas. A ação faz parte de um plano mundial de cortes nas despesas, em torno de 400 milhões de dólares, o que tem como conseqüência a eliminação de três mil empregos no mundo.
Enquanto isso, as remessas de lucros de janeiro a novembro já superam todo o ano passado. Até novembro as empresas enviaram para suas matrizes no exterior 29,3 bilhões de dólares, valor que ultrapassa em muito os 17 bilhões remetidos no mesmo período do ano passado.
Ao que tudo indica, na encruzilhada em que se encontra a economia brasileira, o único caminho a ser seguido nos próximos meses é o da crise, e o coro dos que acreditam nos fundamentos sólidos desta economia a cada dia está desafinando e emudecendo.
Na economia mundial, a expansão da crise na economia real, com as falências, queda da demanda, aumento do desemprego, etc., continua a preocupar os governos dos Estados Unidos, dos países europeus, da China e do Japão. Na tentativa de contornar a situação, praticamente todos os dias surgem notícias de
mais pacotes de estímulos econômicos.
Nos Estados Unidos, o último alvo de atuação do governo foi o socorro ao Citigroup em uma operação utilizando quantias inimaginavelmente vultosas: 300 bilhões de dólares na compra de ativos do banco, fazendo com que o governo passe a ter uma grande participação no capital. É interessante informar que o Citigroup é um caso típico de queima de capital fictício: em um intervalo de um ano, o valor do banco decresceu de 237,2 bilhões de dólares para “míseros” 20,5 bilhões. O montante que evaporou decorreu das perdas e prejuízos oriundos da crise do sub-prime.
Já a General Motors corre o risco de ficar sem dinheiro este ano e de atrasar o pagamento para o fundo de saúde dos seus aposentados. A GM, a Ford e a Chrysler negociam ajuda do governo para garantir a sua sobrevivência. Para 2009, o Congresso norte-americano quer enviar para o presidente eleito, Barack Obama, outro pacote de estímulo econômico, voltado para o investimento em obras e para cortes de impostos para a classe média, com valor podendo variar de 500 a 700 bilhões de dólares. O número crescente de demissões e a queda dos gastos dos consumidores fazem parte da herança que o novo líder estadunidense vai receber.
Nos últimos dias, Grã-Bretanha, França, Espanha, Itália, Holanda, Alemanha, Hungria e Áustria, além da Comissão Européia (braço executivo da União Européia), criaram planos para restaurar suas economias. Em geral, as ações são voltadas à redução de tributos e outras facilidades fiscais, ajuda aos setores automotivos e de construção e formação de fundos soberanos nacionais. A preocupação com os resultados de 2009 é grande, já que a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) prevê que a economia da zona do Euro vai se contrair por três trimestres consecutivos, deixando a entender que o próximo ano será um ano perdido.
A China, o país que mais contribui para o crescimento mundial, deve ter a menor expansão em quase duas décadas. A razão para isso é a queda da demanda externa pelos produtos chineses. Analistas concordam que o desemprego será o grande drama do país. Para o economista chinês Mao Yushi, diretor do Instituto de Economia Unirule de Pequim, “o governo diz que a China cresce de 8% a 9% em 2009, mas acho que serão 6% ou 7% no máximo”. Com este valor, afirma Yushi, o país não vai ter como empregar os milhões de chineses que buscam emprego, ou porque atingiram a idade de entrada no mercado de trabalho ou porque migraram do campo para as cidades.
Tudo isto demonstra que o pior ainda não passou, a destruição ainda não foi suficiente para a passagem à nova fase da crise, a depressão, e que a economia mundial continuará caminhando em direção ao fundo do poço.

Texto escrito por:
Maria Carolina Costa Madeira: Jornalista, mestranda em Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira.
progeb@ccsa.ufpb.br

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Apagão Econômico

Semana de 17 a 23 de novembro de 2008


Talvez, ao cruzar com um pedinte na rua e negar-lhe algumas moedas, o peso na consciência tenha impedido um sono tranqüilo de algum cidadão. O que dizer do governo americano que tem negado apenas US$ 25 bilhões aos pedintes presidentes da General Motors, da Chrysler, e da Ford? Neste caso, o apelo ganhou o coral bastante afinado dos parlamentares do partido do presidente eleito e salvador da pátria, Barack Obama. Os democratas estão pressionando para que parte da verba do plano Paulson, secretário do Tesouro americano, seja utilizada nas medidas de apoio à economia, sobretudo ao setor automobilístico, ameaçado de falência generalizada. “A crise do nosso sistema financeiro já se alastrou para o resto da economia. Vai demorar um pouco antes que o crédito seja reativado e conserte o sistema financeiro, algo essencial para a recuperação da economia”, avisou Paulson em discurso aos parlamentares.
Dos US$ 700 bilhões liberados pelo governo americano através do Plano Paulson já foram gastos US$ 250 bilhões, dos quais US$ 200 bilhões com os bancos e US$ 50 bilhões com a seguradora AIG. Realmente é uma decisão muito difícil para o governo optar entre a ajuda aos necessitados banqueiros ou aos necessitados do setor automobilístico, que fazem o sacrifício de viajar de jatinho particular para pedir uns míseros bilhões de dólares. O pior é que todo esse dinheiro será insuficiente para estimular a economia, pois, para os especialistas, são necessários mais US$ 1,2 trilhões.
O corajoso presidente da Repsol YPF, empresa espanhola, queixou-se, no entanto, da postura intervencionista de alguns países. Sem citar nomes, lamentou que “ainda hoje usam a intervenção do Estado para compensar, para mitigar as forças da livre economia.” Para ele a América Latina continuará sendo uma fonte de crescimento mundial nos próximos anos, em grande parte, devido a sua demografia, formada por uma sociedade jovem, cosmopolita e dinâmica.
O presidente francês foi mais comedido ao criar um fundo estratégico de investimentos de € 20 bilhões (US$ 25 bilhões) para ajudar suas empresas de setores chave a enfrentarem a crise financeira mundial. “Diante da crise há duas estratégias: ou a pessoa fica trancada em casa ou enfrenta o mau tempo de forma ofensiva”, disse Sarkozy. “Reforçamos os meios das empresas, reforçamos as universidades, colocamos dinheiro a serviço do desenvolvimento, em vez de adotar políticas chamadas sociais que só servem para adiar o drama.”
Estes são acontecimentos que mostram que a economia mundial esta no meio de um tornado. A zona do euro mergulhou em sua primeira recessão em 15 anos, abrindo o caminho para maiores reduções na taxa de juros. A economia do Japão, a segunda maior do mundo, entrou em sua primeira recessão desde 2001, e o governo e os economistas dizem que a situação pode piorar. O Japão tem a mais baixa taxa básica de juros entre as 20 maiores economias do mundo e sua dívida pública ultrapassa os 180% do PIB. O maior banco japonês, o Mitsibishi UFJ Financial Group, sofreu uma queda de 61% no lucro do segundo trimestre. Já os americanos, com a atual crise, passaram a sofrer de depressão, perda de apetite, insônia e “compulsão por sandaes com calda de chocolate.” A morte do dinheiro das pessoas deixou-as de luto.
No Brasil, segundo Waldir Quadros, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas, o forte ciclo de consumo, apoiado na expansão do financiamento sujeito a “bolhas”, acabou. “O crescimento de 2004 a 2008 já acabou e esta estrutura já está em crise.” Para o presidente Luís Inácio Lula da Silva, porém, o dinheiro está sobrando tanto que anda pulando das mãos dos brasileiros. Segundo ele, a falta de dinheiro não é problema no Brasil. Aliás, para quem tem dinheiro em caixa, o presidente recomendou gastar. “Esta é a hora das pessoas aprenderem a fazer bons negócios, a comprar o carro, a televisão mais barata, sempre com cuidado de que um ser humano não pode gastar mais do que ganha.” É necessário tirar o “dinheiro do colchão”, para fazer a economia girar.
Quem é mesmo que está torcendo contra o Brasil?
E será preciso, pois 35 empresas do setor metalomecânico, fornecedoras do setor automobilístico de Curitiba e região, vão dar férias coletivas para seus funcionários em dezembro, como reflexo direto da crise econômica que vem provocando paradas para o realinhamento da produção em várias montadoras de
veículos. No Paraná, a Volkswagen já deu férias coletivas para 1,8 mil dos 3,6 mil funcionários a partir deste mês, e a Renault, que tem quatro mil trabalhadores, depois de adotar o banco de horas negativo para dispensar temporariamente alguns trabalhadores, resolveu parar completamente a unidade de veículos de passeio, a partir de 2 de dezembro, até 7 de janeiro.
A General Motors do Brasil afirmou que a manutenção do quadro de empregados nas três fábricas do grupo, duas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul, vai depender do comportamento do mercado até o final do primeiro trimestre do ano que vem. Se o mercado não reagir, a empresa poderá demitir 1,6 mil trabalhadores.
Com a queda de 20% nas vendas de automóveis e veículos comerciais, os preços dos carros novos deverão reduzir-se. “Com essa parada do setor automotivo um carro que custava R$ 30 mil não vale hoje mais que R$ 24 mil e a tendência é que o preço caia ainda mais”, segundo fontes do mercado.
A crise econômica mundial também afetou a gigante Petrobrás. Diante da queda no preço do barril no mercado internacional, a empresa adiou alguns projetos da carteira de exploração e produção. “Quando o petróleo cai de US$ 140 para US$ 60 você tem impacto na geração de caixa da empresa, que é responsável pela manutenção de projetos de curto prazo. São nesses projetos que temos que fazer ajustes”, disse José Jorge de Moraes, gerente geral de exploração e produção da estatal.
Outra alavanca do crescimento dos últimos anos da economia brasileira, o crédito, está dando sinais de que já foi atingido pela crise mundial. O crédito alcançou 36% do produto nacional. O problema é que a inadimplência passou a apresentar uma escalada preocupante, refletindo o excesso de endividamento dos últimos meses.
Apesar de todas estas evidências, existe ainda quem acredite que o pior da crise já passou...

Texto escrito por:
Nayana Ruth Mangueira de Figueiredo: Professora do Departamento de Economia da UFPB e integrante do PROGEB – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. progeb@ccsa.ufpb.br.

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