domingo, 26 de setembro de 2010

Navegar é preciso! Remende-se a canoa!

Semana de 13 a 19 de setembro de 2010

Pelas notícias que chegam, a situação da economia mundial continua a arrastar-se sem definição. A instabilidade permanece. Na China, observa-se algum crescimento da produção industrial, mas cresce também a ameaça da inflação. A paralização da economia japonesa, com a falência do Incubator Bank of Japan e as dificuldades de exportar, levou o governo a uma solução extrema de desvalorizar o iene. Foi a primeira intervenção feita pelo governo desde 2004. A procura pelo iene vinha sendo estimulada pela crise nos Estados Unidos (EUA) e na União Europeia (UE). O governo japonês vendeu 1 trilhão de ienes (US$ 11,7 bilhões), provocando uma desvalorização da moeda de 3.1% frente ao dólar em Nova York. A Grécia procura equilibrar-se com os empréstimos do FMI e da UE e recusa-se a admitir que possa decretar uma moratória de sua dívida, por considerar que seria uma solução “catastrófica”. Nos EUA, apesar do Banco Central americano (Fed) manter as taxas de juros próximas à zero, o crescimento não foi retomado, e continua alto o desemprego e baixo, o consumo. Em um relatório, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) afirma que “a economia dos Estados Unidos dificilmente voltará a ser a locomotiva da demanda mundial, mas nem a China, nem a zona do euro ou os países emergentes estão em condições de assumir esse papel num futuro previsível”. Segundo a agência, a China “está longe de ter o potencial necessário para se tornar o motor da economia mundial”. O consumo de uma família chinesa não chega a 1/8 do consumo de uma família americana.

Enquanto a situação mundial se arrasta, os banqueiros, reunidos em Basileia, na Suíça, elaboraram o acordo que já está sendo conhecido como “Basileia 3”. Pretendem, os senhores, criar condições para que a quebradeira de bancos não se repita e propõem a criação de um “colchão” de segurança com capitais “de alta qualidade”, para uso em caso de crises. O aumento dos capitais de garantia atingirá 10,5%. De acordo com Nout Wellink, presidente do Comitê, de Basileia, de Supervisão Bancária, isto vai assegurar que os bancos estejam mais bem preparados para reagir a períodos de estresse econômico e financeiro.

Já o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, mostrou outro tipo de preocupação. Após a reunião de Basileia, ele alertou os países emergentes para o elevado fluxo de capital que entra em seus mercados, provocado pela instabilidade das economias desenvolvidas e das baixas taxas de juros praticadas nestas economias.

Com efeito, embora a queda das exportações prejudique a entrada de dólares, outros canais têm aumentado o fluxo desta moeda para o Brasil. No acumulado de setembro, o saldo positivo foi de US$2,114 bilhões, obrigando o BC a entrar no mercado e enxugar US$ 815 milhões, preocupado com a valorização do real, que, de 31 de agosto até 14 de setembro, já atingiu 3,04%. Isto já está irritando os exportadores e criando uma situação difícil para a indústria nacional, com o perigo de desindustrialização. Preocupado com a situação, o ministro Guido Mantega já ameaçou com a intervenção, utilizando recursos do Fundo Soberano para a compra de dólares e disse que não permitirá que “o dólar se derreta”. Na contramão da ação do BC, as empresas continuam lançando seus títulos no mercado internacional, e o próprio tesouro faz das suas. No mercado asiático, o Tesouro Nacional captou US$50 milhões com o lançamento do seu título “Global 2041”, com cupom de juros de 5,625% ao ano. Com isto, foram obtidos US$550 milhões este ano. Se juntarmos à captação de setembro do ano passado, este montante chega a US$1,825 bilhão. Agora, durma-se com um barulho desses!

No seu conjunto, a situação do Brasil continua surpreendendo. Embora os ritmos de crescimento tenham desacelerado um pouco, o governo intensificou a sua ação para manter os estímulos à economia. O BNDES e a Caixa Econômica continuam sendo capitalizados por ele. Desta vez foi com a transferência, pelo Tesouro, de ações da Petrobrás. O BNDES recebeu 139,754 milhões de ações, e a Caixa 77,6 milhões. Ambos os bancos foram autorizados a vender estas ações, ao Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização (FFIE), órgão do Fundo Soberano do Brasil (FSB). Com esta operação, os bancos passaram a dispor de mais recursos para continuar o financiamento da economia e dos programas de habitação. Com isto, o governo continua apostando pesado na manutenção do clima de euforia, pelo menos até as eleições. Depois, já se verá.


Texto escrito por:

Nelson Rosas Ribeiro: Professor do Departamento de Economia da UFPB e coordenador do Progeb-Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. Email: progeb@ccsa.ufpb.br
Share:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Seminário Permanente

Olá Caros Leitores,
além do Grupo de Análise de Conjuntura – GAC e do Grupo de Produção Informática – GPI, o Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira - PROGEB - é formado pelo Seminário Permanente – SP, o qual promove apresentações sobre os temas que são estudados pelos pesquisadores do PROGEB.
E é com satisfação que convidamos a todos para a apresentação do seminário:

O Método na Economia Política 

Atenciosamente,
Seminário Permanente – SP, Grupo de Produção Informática – GPI e Observatório Econômicopartes integrantes do  Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira - PROGEB.

Share:

sábado, 18 de setembro de 2010

Qual a verdadeira política econômica do governo?

Semana de 06 a 12 de setembro de 2010


Está a caminho uma nova onda de valorização do real, a moeda que mais ganhou força ante o dólar até agora entre os grandes países. O Banco Internacional de Compensações (BIS) mostra que o fluxo de capitais para os emergentes continua intenso, com a consequente apreciação das moedas.

As estimativas são de valorização de 33,6% do real entre janeiro de 2009 e julho deste ano, enquanto a rupia, da Índia, subiu 12,7% e, na China, o yuan, sob forte controle, caiu 2,5%. Isto se deve ao aumento das operações chamadas de “carry trade”, que são a preferência dos “investidores” por aplicações nas economias, que têm altas taxas de juros, ao invés de aplicarem nos países desenvolvidos à baixas taxas.

Essas entradas de capitais nas economias emergentes causam volatilidade no câmbio e trazem sérios dilemas à política econômica. O Banco Central (BC) do Brasil entrou no jogo do mercado de câmbio e, com atuações diárias, tenta controlar a desvalorização do dólar. As expectativas envolvendo a oferta de ações da Petrobras e a retomada das captações externas por bancos e empresas ajudaram o dólar comercial a romper o "piso informal" de R$ 1,75, que prevaleceu por quatro meses.

O processo de valorização do real frente ao dólar deverá arrefecer a partir de outubro, após a conclusão do processo de capitalização da Petrobras. A previsão foi feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que garantiu que o governo federal tomará todas as medidas necessárias para conter uma eventual nova onda de alta do real. "Não permitiremos a valorização da moeda brasileira", afirmou. Mantega acredita que o déficit em conta corrente do país fechará este ano entre US$ 48 bilhões e US$ 50 bilhões, o que representará cerca de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para 2010. Apesar disso, ele avalia que o déficit "não é preocupante, mas merece atenção".

Contradizendo o Ministro, a participação dos importados no consumo aparente do Brasil voltou ao nível pré-crise. No segundo trimestre de 2010 o coeficiente de importação atingiu 20,7%, índice recorde na série trimestral levantada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) desde 2006. O índice praticamente repete os 20,5% de coeficiente de importação do terceiro trimestre de 2008, antes da crise financeira passar para o lado real da economia brasileira.

Não faz sentido esperar que o Banco Central trabalhe pela valorização do dólar. A taxa de câmbio baixa é importante para ele, pois ameniza a alta das commodities e o impacto disso na inflação, mas quem leva a fama de boa moça é a política monetária, a qual se atribui o mérito de domar a inflação com altas taxas de juros.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, em agosto, mostrou um panorama tranquilo. O índice ficou próximo de zero, subindo apenas 0,04%. Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 4,49%, percentual quase idêntico ao centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 4,5%, e a menor variação nessa base de comparação desde os 4,31% de dezembro de 2009.

Para o Banco Central, há um cenário inflacionário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória de metas. Esse movimento, segundo o BC, é causado pela reversão de parcela substancial dos estímulos introduzidos durante a crise financeira internacional e também pelo ajuste da taxa básica de juros implementado desde abril. Outro aspecto relevante é a probabilidade de desaceleração, e até mesmo de reversão, do já lento processo de recuperação das grandes economias, com influência desinflacionária sobre a trajetória dos preços domésticos.

Mesmo com as previsões de um cenário benigno para a inflação, para os economistas do mercado financeiro, que esmiuçaram a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), as ponderações do BC sobre o juro neutro (suficiente para manter a inflação na meta sem atrapalhar o crescimento econômico) como o ponto central, sinalizam que a manutenção da Selic em 10,75% ao ano será prolongada.

Cabe lembrar que o discurso oficial é de que não existe meta cambial, mas meta de inflação. No entanto, uma coisa é o discurso, outra, a prática.


Texto escrito por:
Nayana Ruth Mangueira de Figueiredo
: Professora do Departamento de Tecnologia e Gestão Pública do CTDR/UFPB, Doutoranda em Economia pelo PIMES/UFPE, Pesquisadora do PROGEB. www.progeb.blogspot.com.
Share:

domingo, 12 de setembro de 2010

Meirelles versus Mantega ou economia mundial versus crise

Semana de 30 de agosto a 05 de setembro de 2010

O mercado aguardava com ansiedade esta semana pela decisão do Copom em relação à nova taxa de juros e pelos novos números da atividade econômica no segundo trimestre.

Sem surpreender, o Copom manteve a taxa de juros em 10,75% sem viés. Não viu ameaça de aceleração da inflação e justificou dizendo que “... neste momento, a manutenção da taxa de juros básica no nível estabelecido em sua reunião de julho proporciona condições adequadas para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas."

Embora não tenha surpreendido, o Comitê continuou sendo criticado pelas associações industriais. Segundo o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, a próxima ata do Copom deveria começar com a frase: "Desculpem, mas erramos", em virtude das altas anteriores que o mesmo considerou como desnecessárias. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI), através de nota, declarou esperar a retomada dos cortes já na próxima reunião.

A decisão do Copom sempre produz ganhadores e perdedores. Os que recebem rendimentos financeiros são os ganhadores, já os que utilizam o crédito e fazem a economia crescer perderam mais uma vez. Mesmo criticando a decisão, os que bebem do mercado financeiro continuam auferindo rendimentos altíssimos, já que o Brasil continua liderando o ranking dos juros reais mais altos do mundo, à frente da África do Sul e da Rússia. Entre as primeiras 40 economias do mundo, 26 estão adotando taxas de juros negativas.

Mesmo assim, “apreensivas” com a decisão, empresas ligadas ao mercado financeiro criticaram o Copom. André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, por exemplo, declarou que o Banco Central errou a mão, pois se o colegiado tivesse aumentado em 0,5 ponto percentual a taxa, a transição para o próximo governo seria mais tranqüila. Prevalece a visão de que o Banco Central perdeu o “foco”, já que a atividade continua aquecida.

O crescimento da economia, que, no primeiro trimestre, havia sido de 2.7% em relação ao trimestre anterior, caiu para 1,2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro. A agropecuária contribuiu com um crescimento de 2,1%, a indústria, 1,9% e os serviços, 1,2%. Em valores correntes, o PIB alcançou, no segundo trimestre, R$ 900,7 bilhões

Diante destes números, a decisão do Copom tem sido bastante criticada. Embora Henrique Meirelles sustente que o diagnostico do Copom está certo, acabou não sendo convincente. Otimista, o ministro da Fazenda divulgou esperar um crescimento de 7 % no PIB este ano e enalteceu o que chamou de neodesenvolvimentismo, a busca do crescimento forte e sustentável, que, segundo ele, ajudou o Brasil a enfrentar a crise e retomar o crescimento.

Em relação à recuperação mundial, só a Alemanha, embora timidamente, está festejando o crescimento de 2,2% no segundo trimestre, impulsionado pela demanda externa, principalmente da China. Alguns setores, segundo o governo, já estão no limite de sua capacidade produtiva e grandes empresas caminham para a divulgação de lucros recordes.

O Japão colocou à disposição da população ¥10 trilhões (US$ 118 bilhões) para financiamentos, com taxas baixas, e ¥920 bilhões em estímulos à economia. Mas, economistas advertem que tais medidas podem não reverter a confiança dos japoneses, influenciada pela desaceleração interna, risco de queda da economia dos EUA e valorização do iene. Para o segundo trimestre, espera-se que a economia do país cresça apenas 0,4%.

A economia americana, por sua vez, continua agonizando. Em julho, as vendas de casas usadas caíram 27% e as de casas novas, 12%. O governo estuda um programa emergencial para financiar o setor. O Departamento do Comércio, para o segundo trimestre do ano, revisou sua estimativa de crescimento do PIB de 2,4%, para 1,6%. O presidente do Fed, Ben Bernanke, após a divulgação dos novos números da atividade econômica, declarou que a instituição está preparada para evitar uma segunda recessão. Embora não tenha especificado que medidas serão adotadas, além da recompra de papéis do governo, espera-se uma redução dos juros dos empréstimos para o consumo, cortes nos impostos para a classe média, desenvolvimento de energia limpa e maiores gastos em infraestrutura.

Além da incerteza associada à economia americana, um forte indício da fragilidade da recuperação econômica mundial é o crescimento vertiginoso das aplicações vinculadas ao ouro. Segundo a Bloomberg, o metal registrou a 10ª alta consecutiva dos preços (valorização de 13% desde janeiro) e o montante representado pelas negociações (278 toneladas) encheria em duas vezes as caixas-fortes da Suíça. George Soros, grande investidor do mercado financeiro, vê o investimento como alternativa à crise e o descreve como a “bolha definitiva”.


Texto escrito por:

Rosângela Palhano Ramalho: Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB - Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira.
(progeb@ccsa.ufpb.br)
Share:

domingo, 5 de setembro de 2010

Cronicamente inviável

Semana de 23 a 29 de agosto de 2010



Em recente estudo divulgado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, IEDI, observa-se um aprofundamento no déficit da balança comercial relacionada aos bens da indústria de transformação. O déficit chegou ao nível de US$ 14,3 bilhões no primeiro semestre de 2010, o maior valor registrado na série histórica, que teve início em 1989. Este estudo analisou os segmentos de alta, média-alta, média-baixa e baixa intensidade tecnológica, seguindo a divisão adotada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE.

O único segmento a apresentar superávit foi o de baixa intensidade tecnológica, com saldo positivo de US$22,2 bilhões. Os segmentos de alta, média-alta e média-baixa intensidade tecnológica apresentaram os seguintes déficits: US$ 12,4 bilhões, US$ 16,1 bilhões e US$ 3,4 bilhões, respectivamente. A divulgação destes dados fez ressurgir o debate sobre o fenômeno da desindustrialização.

A desindustrialização poderia ser sucintamente definida como o declínio da participação do valor adicionado da indústria no Produto Interno Bruto, PIB. Em outras palavras, seria a diminuição da contribuição da indústria para a formação do PIB. De acordo com os dados das Contas Nacionais, elaborados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, tal fenômeno pode ser constatado. Em 1985, a indústria tinha uma participação de 36% no PIB, caindo para 16% nos dias atuais.

Entretanto, esta diminuição da participação da indústria no PIB é superestimada devido a mudanças metodológicas nas Contas Nacionais, que provocam descontinuidades nas séries. A revisão feita pelo IBGE em 1995 não corrigiu os valores a preços correntes para os anos anteriores, provocando assim a superestimação. A correção é bastante simples: a indústria e o PIB são medidos a custo de fatores até 1994 e a preços básicos no restante da série. Uma vez corrigida a série, temos que a parcela da indústria no PIB atinge 23% ao invés dos 16%.

Vários fatores são apontados como causa dessa perda de participação da indústria no PIB, entre os quais estão: 1) a valorização cambial verificada no período de 1994-1998 e, mais recentemente, 2008-2010; 2) uma reorientação estratégica das grandes empresas, que têm importado componentes para atender seu mercado interno. A conjugação destes fatores, aliada à ausência de uma política industrial horizontal, isto é, que abarque todos os setores da economia, resultou no aumento da importância relativa de setores tradicionais, intensivos em recursos naturais e trabalho. Nesse sentido, setores intensivos em tecnologia e capital perderam espaço na pauta comercial brasileira. Segundo André de Melo Modenesi, professor do Instituo de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, “a atual forma de inserção comercial do país está intimamente relacionada com a especialização regressiva da indústria brasileira”. Ainda de acordo com ele, a especialização regressiva seria a queda da participação dos produtos industriais nas exportações do país.

O que mais chama a atenção é o descompasso entre as pautas de exportação e de importação quanto ao grau de intensidade tecnológica. Por um lado, os produtos importados estão concentrados em itens de alta complexidade tecnológica. Com base nos dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MDIC, a participação dos produtos de alta e de média-alta intensidade tecnológica nas importações está em torno de 60% para os anos de 1996-2008. Mas, por outro lado, nossos produtos exportáveis estão concentrados em itens de baixa intensidade tecnológica. As exportações de produtos industriais de alta e média-alta intensidade tecnológica respondem por apenas 30% entre 1996 e 2008.

A maneira como a economia brasileira se inseriu no mercado mundial, com uma abertura comercial e financeira feita de maneira atabalhoada, tornou-se desfavorável ao desenvolvimento de uma indústria nacional competitiva. A dependência tecnológica impede que se desenvolvam, autonomamente, as forças produtivas nacionais. Na aparência, a nova hierarquização da economia capitalista parece favorecer os países que utilizam suas vantagens comparativas e/ou competitivas, mas, em essência, ela determina uma subordinação crescente dos países periféricos aos países centrais. Este é o resultado das políticas econômicas dos governos dos últimos 12 anos.



Texto escrito por:

Kaio Glauber Vital da Costa: Economista, pesquisador do Progeb-Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira.



Share:

Novidades

Recent Posts Widget

Postagens mais visitadas

Arquivo do blog