sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Seminário Permanete do PROGEB e do Observatório Econômico

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Intervenção de novo? Até quando?

Semana de 12 a 18 de setembro de 2011

Lucas Milanez de Lima Almeida [i]

Poucos são os que duvidam que a crise, iniciada com a bolha especulativa imobiliária estadunidense, ainda persiste no cenário mundial. Apesar de parecermos repetitivos com este assunto, não somos. O problema é que, a todo momento, as economias do planeta emitem sinais de que a má fase está longe de ter acabada.

Entre março de 2010 e julho de 2011, as vendas no comércio brasileiro cresceram 5,7%. Este dado é positivo, mas o setor industrial está preocupado. É que, no mesmo período, a renda do brasileiro aumentou, mas a produção física da indústria recuou 0,65%. Isto se torna um problema na medida em que demonstra que, a produção local perdeu espaço para os produtos estrangeiros.

No acumulado deste ano, de janeiro a julho, dos 20 setores da indústria de transformação, 18 tiveram um crescimento maior das importações do que da produção local, quando comparamos com o mesmo período de 2010. Destes, seis tiveram uma redução na produção. A causa dos indicadores negativos é a taxa de câmbio.

Mas, o IBGE já prevê uma redução na taxa de crescimento do comércio nos próximos meses. O motivo apresentado seria a política econômica restritiva, praticada desde o fim das eleições de 2010. O mais provável é que a crise reduza, naturalmente, o consumo e as importações sejam desaceleradas pela valorização do dólar, frente ao real. Esta última ocorrerá graças à saída de capitais do país, tanto como remessa de lucros, como pela fuga dos capitais especulativos desestimulados com a redução da Selic (embora continuemos a pagar os mais elevados juros do crédito pessoal em financeiras e bancos comerciais)

De fato, estamos vendo que a situação não está nada boa.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), toda semana, publica um novo estudo mostrando a redução da atividade econômica de seus países-membros. Pelo quarto mês seguido houve queda no indicador que prevê o nível de crescimento da economia. Já nos EUA a renda do consumidor caiu pelo terceiro ano consecutivo, levando o número de pobres a 15,1% do total da população. É como se a capacidade de consumo hoje fosse igual há de 15 anos.

Na Europa, o problema está tão grave que, no Reino Unido, até os trilhos de ferrovias, as subestações de energia elétrica e os ferros-velhos estão sofrendo. Com a elevação do preço do cobre, as pessoas estão roubando este material para vender no mercado paralelo. A Grécia está ameaçada de perder o livre trânsito de seus habitantes em viagens dentro da União Européia sob a alegação de que, é através dela que, todos os anos, entram milhares de imigrantes ilegais no seu território e se espalham pela região.

Já a Itália recorreu à China para captar recursos por meio da venda de títulos italianos e do investimento direto em empresas. O premiê chinês Wen Jiabao declarou sua disposição em ajudar a Europa, mas esta teria que conceder uma série de benefícios ao país asiático como, por exemplo, o reconhecimento do país como “economia de mercado”, o que, dentre outras coisas, dificultaria a aplicação de medidas de defesa comercial, tais como o combate ao dumping.

Esta parece ser a saída para o endividamento dos países: o “salvamento” da economia de um país por outro país. Este foi o acordo firmado entre os presidentes dos maiores Bancos Centrais do mundo, que se reuniram na Suíça. Para eles a desaceleração é inevitável, mas não há sinais de recessão. Segundo Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), “os BCs estão prontos para fornecer a liquidez que for necessária para os bancos”. Só o BCE vai garantir €350 bilhões ao setor bancário. Até o Brasil se propõe a contribuir com empréstimos, via Fundo Monetário Internacional.

Este tipo de medida já mostrou seus riscos. Não é de agora que os países de Zona do Euro e os EUA estão sofrendo as consequências de seus elevados déficits orçamentários. O que eles fizeram foi ajudar as empresas (bancos principalmente) dos seus países. Com esta nova forma de ajuda, onde um país ajuda o outro, ao invés de acabar com a crise, o que vamos ver é a amplificação dos meios de propagação dela. A situação é tão ruim, e a ação se mostra tão ineficaz, que, pela primeira vez na história, o risco de calote das dívidas soberanas dos países é maior do que o risco de calote das empresas.

Diante disto, ficam as perguntas: Intervenção de novo? Até quando? E para quê?



[i] Mestre em Economia, professor do Departamento de Economia da UFPB e pesquisador do Progeb. (www.progeb.blogspot.com.).

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Setembro negro: não há saída à vista

Semana de 05 a 11 de setembro de 2011

Nelson Rosas Ribeiro[i]

As previsões mais sombrias para a economia mundial continuam a surgir de todos os lados, a começar pelo Relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Seu economista chefe, Pier Carlo Padoan, declarou que “o crescimento deve ser muito mais lento do que imaginávamos há três meses... o risco de um período de contração econômica à frente subiu.” Comentários deste tipo espalham-se em todas as publicações especializadas do mundo e nos pronunciamentos das autoridades.

As más notícias começam na economia americana, particularmente sobre o desemprego, o consumo das famílias e a falta de investimentos das empresas que preferem aumentar a liquidez. Enfrentando a oposição e conclamando o povo a pressionar o congresso, o presidente Obama encaminhou um pacote de medidas tentando provocar a criação de postos de trabalho.

Na UE a situação é mais grave ainda. Enquanto se prevê a desaceleração das economias dos três grandes, Alemanha, França e Itália, a Grécia voltou às manchetes e, desta vez, pondo em dúvida a capacidade de seu governo de cumprir os compromissos assumidos, com o controle do orçamento. No segundo trimestre do ano, a economia grega contraiu-se 7,3%. A situação tem provocado protestos, graves e manifestações contra as medidas propostas pelo governo. Alguns países, como a Alemanha e a Holanda, já duvidam de uma solução para o caso e consideram inevitável a saída da Grécia da zona do euro. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, vai mais além e põe em dúvida as capacidades de alguns governos de manterem a rigidez fiscal necessária para a estabilidade da zona e fala na criação de um ministério das finanças único. E enquanto o BCE concentra suas atenções nas medidas de política monetária, não vê o espectro da desaceleração de todos os países da zona que já se encontra à beira do crescimento zero. O declínio começou no terceiro trimestre. Os bancos privados, desconfiados da solidez do próprio sistema bancário, não emprestam e a atividade da indústria continua caindo. Em um quadro deste tipo, um aperto fiscal terá consequências catastróficas para as economias. O BCE, em vez de reduzir os juros, como recomenda a OCDE, propõe o controle dos orçamentos e a contenção das despesas de países como a França, Espanha, Itália, Grécia, Portugal e Irlanda. Todos eles somados criarão um impacto de contenção fiscal que afetará toda a zona, o que provocará uma desaceleração ainda maior, para a qual não haverá remédio. Ou seja, o pior ainda está por vir.

Neste quadro tão adverso, quais os espaços que existem para os especuladores, para o capital financeiro?

O mercado de ações não oferece qualquer garantia. Os títulos públicos também perdem a confiabilidade diante da insolvência dos Estados. Os bancos continuam cheios de “ativos podres” escondendo sua verdadeira situação financeira. Tem sobrado, como último refúgio, a fuga para as commodities, o ouro e a especulação com as moedas. O espaço das commodities estreita-se cada vez mais, diante da desaceleração. A qualquer momento esta bolha pode estourar, se a demanda por esse tipo de produto desabar. O ouro, nunca foi considerado um bom investimento. Ele representa apenas o refúgio do capital quando se sente inseguro. É o capital enlouquecido, imobilizado sob a forma de tesouro material. No campo da especulação com as moedas, a guerra declarada entra em novo estágio. A busca por segurança tem levado à especulação com o franco suíço e com o iene japonês. O Banco Nacional Suíço reagiu abandonando o regime de câmbio flutuante e decidindo não admitir uma cotação abaixo de 1,20 francos por euro e se dispondo a comprar divisas em “quantidade ilimitada”, com o intuito de impedir a valorização. No Japão o BC está agindo no mesmo sentido e, em apenas em um dia (9 de agosto), gastou 4,51 trilhões de ienes na compra de divisas, dizendo-se disposto a gastar o que for necessário também para impedir a valorização do iene. Caminhamos assim para uma situação de grande instabilidade para a qual nenhum país encontra qualquer solução.

Este foi o clima em que o BC brasileiro decidiu reduzir a nossa estratosférica Selic, em 0,5%, colocando-a no patamar de 12%, ainda a maior do mundo. Acrescente-se a situação nacional de desaceleração da economia, com as empresas montadoras dando férias coletivas a seus trabalhadores e os estoques se acumulando (já ultrapassando os 37 dias de veículos acumulados nos pátios) e temos de reconhecer que a decisão do BC foi a mais adequada, e já vem muito tarde. Naturalmente ela recebeu os aplausos da indústria nacional, dos exportadores e dos trabalhadores. Por outro lado, ecoam o berreiro e os apupos do sistema financeiro e dos importadores.

Resta esperar que a economia do país crie melhores condições para sobreviver a este setembro negro que a todos ameaça.



[i] Professor do departamento de Economia, Coordenador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A quem interessa a autonomia do Banco Central?

Semana de 29 de julho a 04 de agosto de 2011

Rosângela Palhano Ramalho(*)

Surpreendente, audaciosa, precipitada, sagaz, inteligente, estes são os adjetivos que foram utilizados para caracterizar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), de cortar a taxa de juros Selic em 0,5 ponto percentual. Só 30% dos analistas apostavam na redução da taxa e, por isso, a decisão pegou o “mercado” de surpresa.

70% dos que apostavam na manutenção dos juros em 12,5% ignoraram os recados dados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no início da semana e duvidaram que a instituição tivesse coragem suficiente para tomar a decisão que tomou. Os recados, reforçados pela presidente Dilma, começaram a ser enviados a partir do anúncio do aumento da meta de superávit primário em R$ 10 bilhões, para este ano. Mantega argumentou que a recessão mundial durará de dois a três anos e que é preciso fortalecer a economia doméstica. A medida fiscal adotada, segundo o ministro, “abriu espaço” para a queda da taxa de juros, ou forneceu “musculatura” para que a política monetária fosse aliviada.

Recado dado, decisão tomada.

O corte dos juros enfureceu o “mercado” e aqueles que defendem ferrenhamente o uso dos juros no combate à inflação. Nem mesmo a nota utilizada para justificar a queda da taxa convenceu os mais céticos. O Copom argumentou que, “...o ambiente internacional contribuirá para intensificar e acelerar o processo em curso de moderação da atividade econômica.” e a “...substancial deterioração, consubstanciada, por exemplo, em reduções generalizadas e de grande magnitude nas projeções de crescimento para os principais blocos econômicos”, justificam a queda dos juros.

De fato, a taxa de crescimento interno foi revisada mais uma vez pelo Boletim Focus, para 3,9%, e o cenário externo continua nebuloso. Os EUA rebaixaram a previsão de crescimento da economia em 2011 de 2,7% para 1,7% e a zona do euro registrou crescimento pífio de 0,2% entre o primeiro e o segundo trimestre.

Embora as estatísticas reforcem o cuidado do Banco Central, os que são contra o corte dos juros utilizaram diferentes argumentações: (1) que o cenário doméstico mudou pouco entre as reuniões de julho e agosto, ou seja, a inflação ainda ameaça; (2) que não há a certeza de que a economia mundial entrará em crise; e (3) que o esforço fiscal do governo em R$ 10 bilhões não vem com contenção de despesas, mas será conquistado com o excesso de arrecadação.

Ou seja, em nenhum momento se comemorou o montante a ser economizado pelo governo com o pagamento dos juros da dívida, nem o impacto da queda da taxa sobre o investimento produtivo, nem muito menos o efeito de desestímulo à entrada de capitais especulativos que afetam o câmbio, valorizando ainda mais o real frente ao dólar. O foco dos protestos é direcionado, mais uma vez, em defesa dos agentes do mercado financeiro. Estes, como Delfim Netto afirma, é que devem sair do mercado alegres, com seus gordos bônus sem serem incomodados, como na crise de 2008.

Eis os grandes questionamentos do “mercado”: Como pode uma instituição como o Banco Central, que necessita de credibilidade, tomar uma decisão tão insensata? E a autonomia do Banco Central? As decisões monetárias agora são de âmbito político?

Imune às críticas, a presidente argumenta que “o Copom fala pelo Copom e Dilma fala pelo governo federal” e continua mantendo conversas com o ex-ministro Delfim Netto, os professores Luiz Gonzaga Belluzzo e João Manuel Cardoso de Mello, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho e o empresário Jorge Gerdau, nomes que engrossam a heterodoxia econômica. Além disso, crescem os rumores de que Dilma gostaria de ser lembrada como a presidente que cortou os juros para um dígito e esta possibilidade está deixando o “mercado” de cabelo em pé.

Mas, onde está determinado que o Banco Central deve prestar contas ao “mercado”? Afinal, o que é ter credibilidade? É assegurar juros altos e menos emprego? É garantir os elevados rendimentos ao mercado financeiro, enquanto grande parte da população enfrenta o desemprego e a miséria?

Alguns até já afirmam que o Banco Central perdeu sua autonomia e se transformou num derivativo do Ministério da Fazenda ou do Palácio do Planalto.

Nestes termos, é melhor não ter autonomia e ser derivativo da Fazenda ou do Planalto, do que ter autonomia e ser derivativo do Bank of Boston.



(*)Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. (www.progeb.blogspot.com)

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

No fim das contas, Marx estava certo...

Semana de 22 a 28 de agosto de 2011

Lucas Milanez de Lima Almeida [i]

É, caro leitor, apesar de concordarmos com o título, não fomos nós que o criamos. Economistas, como o prêmio Nobel, Paul Krugman, e o segundo a prever a crise, Nouriel Roubini, já reconheceram a importância de Karl Marx para se entender as crises de superprodução de mercadorias que periodicamente assolam o capitalismo. Até o presidente da França, Nicolas Sarkozy, já foi visto com uma cópia de "O Capital".

Todo fenômeno, seja natural ou social, se manifesta por meio de regularidades. Os cientistas investigam estas regularidades e as enunciam como leis, tal como fez Isaac Newton com a "lei da gravidade". Marx fez um trabalho análogo ao de Newton, porém no campo social. Ao observar o capitalismo, ele o descreveu, criando categorias e relacionando-as entre si, e desvendou suas leis. Com isso, ele percebeu que, sob a forma capitalista, a economia tinha uma contradição fundamental: o caráter cada vez mais social da produção, que se deve realizar como valor em crescimento nos mercados, e o caráter cada vez mais privado da apropriação da riqueza, que, em sua maioria, assume as formas de lucro, juro e renda da terra, em detrimento da forma salário da riqueza.

Além desta, existe um conjunto de outras leis que criam uma grande quantidade de mercadorias a serem consumidas e um grande número de potenciais consumidores. Mas estas mesmas leis produzem barreiras à junção da oferta e da demanda, ocasionando um excesso de capitais sob todas as formas: mercadoria, dinheiro, produtiva e a que atualmente mais se evidencia, por meio do mercado financeiro, a mercadoria capital. Gostaríamos de ter mais linhas para descrever a crise e expor toda a teoria sobre ela. Como não temos, recomendamos o texto que foi escrito na década de 1980, pelo Professor Nelson Rosas Ribeiro e editado em 2008 pela Editora UFPB, sob o título: "A crise econômica: uma visão marxista".

Mas, como se manifesta a regularidade de um sistema? Por meio de fatos que aparentemente ocorreram, ou por acaso, ou como consequência de uma política econômica. Atualmente, dizem que foram os especuladores norte-americanos os causadores da crise. O finado Bin Laden também já o foi. Os árabes do petróleo também. Quanto mais para trás na história formos, mais causas "casuais" nós encontraremos para a crise. Não estamos dizendo que este ou aquele acontecimento não foi ou poderá ser decisivo. O que afirmamos é que, tal como um avião, que ao voar não "revoga" a lei da gravidade, as políticas e os fatores externos à economia tem apenas um papel temporário sobre as leis econômicas.

Foi o que aconteceu na crise atual, quando os Estados tentaram acabar com a crise concedendo dinheiro e estímulos fiscais para algumas empresas. Durante um determinado momento as medidas surtiram efeito. Porém, com a necessidade da lei se manifestar plenamente, tal como num avião que cai sem combustível, a crise agora retorna e ameaça não só empresas, mas também governos que “ajudaram” suas economias, mais do que podiam.

Para não repetir os problemas dos PIIGS e dos EUA, vamos falar de países que começaram a sofrer o segundo mergulho. Nos 34 países ligados à OCDE, o crescimento do PIB trimestral foi o pior, desde o segundo trimestre de 2009, atingindo uma ínfima cifra de 0,2%. Isto denota a desaceleração do grupo. Os donos da mercadoria capital, por sua vez, emitem sinais de cautela, retirando-se dos mercados acionários dos países emergentes.

No Brasil o cenário não poderia ser diferente. A crise já está dando sinais de manifestação, tanto que o "mercado" já reviu para baixo a estimativa de crescimento da produção industrial (2,96%) e do PIB de 2011 (3,84%). Já os estoques dos setores industriais pesquisados pela CNI, em julho, cresceram 77%. Na siderurgia, as vendas em baixa e os estoques em alta fazem os empresários reverem para baixo as metas do ano. Enquanto isso, para enfrentar as turbulências que estão por vir, as empresas reforçam seus caixas, acumulando em conta um valor recorde de R$ 252 bi, maior até do que o existente antes de estourar a crise, em 2008. Para completar o quadro, no mercado de força de trabalho, apesar dos números ainda positivos, já se vê os sinais de desaquecimento da criação de empregos. O desemprego caiu de 6,2%, em junho, para 6%, em julho, enquanto, na mesma comparação, houve um aumento de 2,2% na renda média real. Como afirmamos, há uma grande quantidade de mercadorias e de consumidores, mas, mesmo assim, há a crise de superprodução.

O leitor talvez esteja se perguntando como entender o que foi acima descrito e prever a economia hoje. A reposta de Nouriel Roubini é: "Karl Marx estava certo".




[i] Mestre em Economia, professor do Departamento de Economia da UFPB e pesquisador do Progeb. (www.progeb.blogspot.com.)

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