terça-feira, 27 de novembro de 2012

Contradições na economia e nos economistas


Semana de 19 a 25 de novembro de 2012


Eric Gil Dantas [i]




O poeta Vinicius de Moraes, que no próximo ano terá seu centenário de nascimento celebrado por nós, meros mortais, dizia em um dos seus sambas que “sinceramente eu não vejo saída, como é, por exemplo, que dá pra entender, a gente mal nasce e começa a morrer”.
Bem, na economia é do mesmo jeito, não temos nada de eterno e nada que não seja contraditório. É assim que caminha a vida e a economia, ora. Os leitores assíduos da Análise & Conjuntura, já devem estar acostumados com a loucura do sobe e desce da economia em meio aos auges e crises dos ciclos econômicos.
O cenário mais contraditório hoje parece ser o dos EUA. Seu setor imobiliário, onde se iniciou a crise atual, continua dando sinais fracos de recuperação. As vendas de residências usadas tiveram alta de 2,1%, em relação ao mês anterior, e o índice de confiança das empresas de construção subiu pelo sétimo mês consecutivo. Em relação a outubro de 2011, as vendas cresceram 10,9%, 16º mês seguido de melhora.
Em sentido contrário, metade das 40 empresas de capital aberto que mais investem no país anunciaram a intenção de limitar despesas de capital neste ou no próximo ano. Pela primeira vez desde o início de 2009, o investimento de empresas em equipamentos e softwares não saiu do lugar no terceiro trimestre, já o investimento em novas instalações caiu.
O Brasil parece seguir um caminho diferente. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, que saiu há poucos dias, temos que a taxa de desemprego caiu para 5,3% em outubro, ante 5,4%, em setembro, e 5,8%, em outubro de 2011. Esse é o menor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2002. Além disto, a massa salarial cresceu 7,9% na comparação com outubro do ano passado.
Mas o Brasil não está em crise?
O melhor indicador para a retomada da economia é a produção de máquinas, já que este revela a realização de novos investimentos que levam as fábricas a aumentar a produção e, consequentemente, as vendas e os lucros. Nisto, o Brasil vai mal. A produção física de máquinas, segundo a Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), recuou 4,6% em relação aos nove primeiros meses de 2011. Já o de máquinas produzidas para a indústria de transformação especificamente – o núcleo deste nosso indicador – teve uma retração ainda maior, de 9,1%.
Mesmo com todos os incentivos para a indústria, com desonerações fiscais dadas pelo governo, o setor de máquinas e equipamentos não cresce. Isto pode ser explicado pelo já mencionado em análises anteriores “efeito ressaca do IPI”. Para Rodrigo Nishida, analista da LCA, “Mesmo com a melhora da economia, esperamos um ano de acomodação. Nossa perspectiva é que o mercado enfrentará uma ressaca, principalmente em virtude da antecipação de compras”.
Mas, o mais contraditório no Brasil parece ser a relação entre o discurso do nosso Ministério da Fazenda e a realidade. Nelson Barbosa, secretário-executivo do ministério e braço direito de Guido Mantega, insiste em dizer que o Brasil crescerá 4,5% em 2013. Bem, este discurso sempre é sustentado até que a realidade não mais o permita (vide a previsão de crescimento de 5% para este ano, por parte do ministro da fazenda). O boletim Focus, pesquisa de mercado feita pelo Banco Central, já diz que a previsão é de 1,5% para o crescimento deste ano, e 3,94%, para 2013.
A única certeza que parece haver para todo o mundo é a caminhada da Zona do Euro ao fundo do poço. O Escritório Estatístico das Comunidades Europeias (Eurostat) divulgou há alguns dias a confirmação de que os 17 países da Zona haviam entrado em recessão ao completar dois trimestres consecutivos de contração. O PIB da região encolheu 0,1% de julho a setembro, em relação ao trimestre anterior, quando já havia caído 0,2%. Em 12 meses, a queda é de 0,4%. Em quatro anos, a queda é de 2,5%.
            No entanto, em meio a subidas e descidas e contradições de índices econômicos, o que ainda podemos afirmar é que a crise econômica mundial continua em marcha.


[i] Economista e pesquisador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira (progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Massacre Árabe


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UE em crise


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VII Seminário Internacional de Direitos Humanos

Participação do professor Nelson Rosas no VII Seminário Internacional de Direitos Humanos como anistiado político da época da Ditadura Militar Brasileira. A cerimônia aconteceu dia 21 de novembro no Auditório do CCJ-UFPB. 




Veja mas fotos do Seminário no link: http://www.flickr.com/photos/90333507@N06/8206963224/
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Encontro Luso-Brasileiro sobre Globalização e Crise na Economia.

O PROGEB realizou de 17 a 21 de setembro de 2012, o Encontro Luso Brasileiro Sobre Globalização e Crise na Economia.

O Encontro contou com palestrantes nacionais e estrangeiros para discutir os diversos aspectos da economia global. O encontro também contou com a presença de estudantes de economia e de outros diversos cursos e instituições, alem de servidores e demais interessados no assunto.

Abaixo estão algumas fotos do encontro:














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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Déjà vu europeu?


Semana de 12 a 18 de novembro de 2012


Lucas Milanez de Lima Almeida[i]




            Cientificamente, o déjà vu, a sensação de “já vimos isso antes”, ocorre quando levamos uma nova informação diretamente ao local do cérebro responsável pela memória de médio ou longo prazo.
            A impressão que temos com a Europa hoje, porém, não é esta. Há exatamente um ano, publicamos aqui uma análise de conjuntura intitulada “Para quem vai o novo presente de grego?”. Nesse texto nos perguntávamos o que aconteceria com a versão moderna do Cavalo de Tróia, a saber, a dívida grega. Na ocasião dissemos que não seriam os especuladores os ganhadores de tal presente, mas sim o povo, que, em meio às manifestações, o receberia a pau e pedra. Dito e feito. A conta grega está sendo paga pelas famílias gregas. Mas, as manifestações contra o governo não param de acontecer. O problema é que, não apenas a Grécia agraciou seu povo, os maiores países do sul da Europa também.
            Elevação dos impostos, redução dos salários, demissões de trabalhadores e redução dos gastos são alguns dos resultados dos planos de austeridade impostos pelos novos credores de Portugal, Itália, Espanha e Grécia (PIGS). Veja, leitor, que são novos credores, ou seja, os gastos e a dívida atuais, que não podem ser pagos, serão parcialmente quitados por meio de uma nova dívida, contraída, principalmente, por meio do Banco Central Europeu e do FMI. Como diz o provérbio português, é “abrir um buraco para tapar outro”.
            Diante disto, a Confederação dos Sindicatos Europeus (CSE) chamou a todos para, no dia 14 de novembro de 2012, participarem do “Dia Europeu de Ação e Solidariedade”, que levou trabalhadores de 23 países do continente a cruzarem os braços. É a primeira vez na história da União Europeia que uma greve tem a adesão de tantas nações. Segundo a secretária-geral da CSE, Bernadette Ségol, desse jeito “o que vai acontecer, entretanto, é o desmantelamento do modelo social, a capacidade negocial dos sindicados e o enfraquecimento da proteção social e dos serviços públicos. É isso que está em jogo hoje em dia”.
            O abandono da tese de que a riqueza é produzida no chão de fábrica, pelo trabalho, e a ascensão da tese de que o “mercado” (leia-se mercado financeiro especulativo) é o principal elemento da dinâmica capitalista trouxeram e trarão perniciosas mazelas para os países que, como os PIGS, levam esta teoria tão a sério. A imposição de medidas restritivas para, principalmente, satisfazer a sede de apropriação do capital fictício retira da população parte de uma renda que se torna insuficiente para a reprodução das condições normais de vida.
            Que sociedade é esta que retrocede nas conquistas obtidas pelo povo ao longo de décadas? Será que alguém merece, por decisão externa, ter seus direitos cerceados? E isto em detrimento da inquestionável “sagrada remuneração” dos “investidores” (especuladores)?
            Se ao menos houvesse algum alento nos números que mostram o resultado da política econômica, mas nem isso. No 3° trimestre de 2012, a Zona do Euro apresentou uma redução de 0,1% na sua atividade econômica. Isto quer dizer que ela está em recessão técnica, pois apresentou crescimento negativo também no segundo trimestre. Todos os PIGS apresentaram redução do PIB no trimestre passado, mantendo-se em recessão técnica. Já a França e a Alemanha, as duas maiores economias da união monetária, apresentaram resultados positivos, ambas crescendo 0,2%. Se por um lado os franceses frearam a tendência negativa do trimestre anterior, por outro, os alemães frearam a tendência positiva que apresentavam desde o começo do ano.
            Frente a este cenário internacional desolador, qualquer crescimento, mesmo que pequeno, se torna grande coisa. É o que está trombeteando o “Trombini”, digo, o Tombini, presidente do Banco Central do Brasil. De acordo com o IBC-Br, índice que faz uma prévia mensal do PIB, a atividade econômica do Brasil cresceu 1,15%, no terceiro trimestre. Mas, de agosto para setembro houve um decrescimento de 0,52%. A indústria contribuiu para esta queda. Na mesma comparação mensal, houve uma retração de 0,98% no total da produção física industrial. O comércio varejista ampliado (incluindo materiais de construção e veículos) também apresentou sinais ruins ao registrar uma retração de 9,2% nas vendas entre setembro e agosto. Mas, com as festas de fim de ano, espera-se uma melhora. Este é o motivo do trombone antecipado, que já clama pela elevação dos juros.
            De qualquer forma, olhando para além-mar e para cá, há alguma coisa que nos faz ter uma sensação dedéjà vu.
            E não é só impressão: nós realmente já vimos tudo isso antes.


[i] Professor do Departamento de Economia da UFPB e pesquisador do Progeb. (www.progeb.blogspot.com.)
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sábado, 17 de novembro de 2012

Com Obama e o PC Chinês a crise continua


Semana de 05 a 11 de novembro de 2012


Nelson Rosas Ribeiro[i]




            Felizmente os resultados das eleições dos EUA, com a vitória de Obama, fez o mundo respirar aliviado. Todos temiam o retorno da intransigência belicista dos republicanos, com a cara bonita e racista do Romney. Quase ao mesmo tempo, o congresso do PC Chinês, que é chinês, mas nada tem de comunista, arrasta-se sem grandes novidades (mas muitos segredos), na mesma direção do seu capitalismo selvagem associado aos novos mandarins da burocracia partidária. O pior é que, com o pretexto da arenga territorial com os japoneses, o gigante amarelo ameaça tornar-se uma potência marítima.
            Essas mudanças na direção política das duas maiores potências mundiais, certamente, terão consequências no conturbado cenário econômico mundial. Obama continua diante do desafio do que se chama “abismo fiscal” e sendo obrigado a remendar o tremendo buraco de US$ 600 bilhões, com a elevação de impostos e corte de gastos, em uma economia que se arrasta na ladeira da recuperação. Os chineses, enfrentando a sua desaceleração e jurando fidelidade aos princípios do controle do estado e do partido sobre a economia, são obrigados a controlar uma crescente inquietação social, provocada pelas duras condições de trabalho que impõem a seus operários, para a felicidade e proveito dos capitalistas internacionais comodamente instalados em seu território.
Enquanto isso, as coisas, na Europa, continuam a se arrastar. No reino Unido, o Instituto Nacional de Pesquisa Econômica e Social (NIESR) publica, em um relatório, que a economia britânica continuará em depressão por mais dois anos. O PIB do país ficará 2,8% abaixo dos níveis de 2008, o que é considerado a maior depressão desde 1920.
            Na Alemanha, Angela Merkel admite que a crise da dívida soberana da União Européia (UE) deve durar, pelo menos, mais 5 anos e apela para maior austeridade. Na Itália, o instituto oficial de estatística (Instat) admite, para este ano, uma contração de 2,3% do PIB. A França, mesmo sob o governo “socialista”, anuncia uma elevação dos impostos (IVA) e cortes nos gastos. A Grécia continua oscilando entre sair da zona do euro ou ter parte de suas dívidas perdoadas e os juros reduzidos, enquanto se afoga em greves e manifestações violentas.
            Todo este ambiente depressivo é analisado pelas autoridades brasileiras que admitem que há ameaças concretas de uma onda de deterioração da economia mundial e, apesar de todas as medidas de estímulos adotadas internamente, a economia brasileira apresenta fracos sinais de recuperação. Segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, o quarto trimestre de 2012 não promete muito e, para 2013, não há boas expectativas. Apesar de haverem sinais de crescimento “não dá para descartar a hipótese de que este se revele mais lento do que muitos imaginam”.
            A Confederação Nacional de Indústria (CNI) reconhece o fraco desempenho da indústria, em setembro, e está revendo para baixo a sua previsão de 1,5%, de crescimento do PIB. A balança comercial não reage aos estímulos dados pelo governo com as taxas de importação e o controle do câmbio. Em outubro, as exportações caíram 10,6% e as importações 7,6%, em relação ao mesmo período do ano passado.
            Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, em setembro, a produção industrial caiu 1%, em relação à agosto, e 3,8%, em relação ao mesmo período de 2011. Dos 27 setores pesquisados, 16 tiveram queda na produção.
            A situação é de tal forma desanimadora que obrigou o otimista ministro Mantega a reconhecer que, não conseguirá cumprir a meta do superávit primário de 3,1% do PIB, ou seja, de R$ 139,8 bilhões, como uma consequência da frustração das receitas.
            Mas, apesar de tudo isto, há quem esteja muito feliz: os condôminos dos “fly in communities”. São condomínios residenciais de luxo, que estão sendo construídos no país, onde se pode parar o avião ao lado da casa e contar com hípica, campo de golfe, de tênis, etc., nas áreas de lazer.
            Isto é que é Brasil!


[i] Professor Emérito da UFPB e Coordenador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Em épocas de crise, bom é ser banqueiro


Semana de 29 de outubro a 04 de novembro de 2012


Rosângela Palhano Ramalho[i]



            Você, leitor, que acompanha a nossa coluna, deve ter percebido que as nossas últimas análises têm abordado a expectativa da economia mundial e brasileira acerca da recuperação da atividade econômica, que permanece incerta.
            A passagem da supertempestade Sandy pelos Estados Unidos provocou uma destruição tão violenta que o pífio crescimento já observado deve ficar menor no quarto trimestre. Segundo a empresa de consultoria IHS Global Insigth, com a tempestade, a economia norte-americana perderá, em crescimento, 0,6 ponto percentual.
            Na Europa, destaca-se novamente a situação crítica da Grécia, com um problema que parece não ter solução. A Grécia vê negada, pela Alemanha, qualquer possibilidade de ajuda na reestruturação da sua dívida. A Troika (FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) estuda uma recompra da dívida grega e, ao mesmo tempo, uma redução das taxas de juros pagas sobre os empréstimos de emergência, o que reduziria a dívida. Mas, o acordo só sairá em 12 de novembro, data em que se reunirão os ministros das Finanças da zona do euro.
            No Brasil, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, declarou que o país está dando uma lição ao mundo de como enfrentar a crise mundial sem impor sacrifícios à população. O ministro garantiu que a economia brasileira crescerá 4% no quarto trimestre e que o vôo de 2013 não será de galinha. Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, como sempre otimista, estima um crescimento, no ano que vem, entre 4% e 4,5%.
Enquanto isso, a crise continua a derrubar os lucros. Referimo-nos aos lucros das empresas produtivas, porque o setor financeiro, e em especial o bancário, vai muito bem, obrigado. Os balanços trimestrais dos bancos do mundo inteiro continuam a registrar ganhos. Apesar da crise, o lucro líquido do Deustche Bank da Alemanha, no terceiro trimestre, cresceu 3% comparado ao mesmo período do ano anterior.
            O lucro líquido do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), segundo maior banco da Espanha, caiu 82% no terceiro trimestre. A princípio o número assusta, mas o banco tem seus portos seguros nos mercados emergentes, é claro. O lucro do BBVA no México, no terceiro trimestre, cresceu 7,4% e, na América do Sul, aumentou 23%.
            O Barclays, que declarou um juro mais baixo do que aquele que realmente pagava para demonstrar “boa saúde financeira”, há um mês, virou alvo de investigação pelos órgãos britânicos por tentar manipular a taxa Libor, taxa que referencia todos os tipos de crédito às pessoas físicas e empresas. Mesmo com esta intempérie e com suas ações caindo em torno de 5%, lucrou 17% no terceiro trimestre.
            O banco suíço UBS anunciou um lucro líquido de 15,5%, mas também anunciou que vai demitir 10 mil trabalhadores, o que representa 15% do seu pessoal. A medida, segundo a instituição, visa poupar 3,6 bilhões de dólares e reflete também o prejuízo que o banco teve com a redução dos negócios com títulos. O negócio do momento para a instituição é o gerenciamento de grandes fortunas, que deverá trazer um retorno de 26%, em 2013. O UBS é o segundo, no ranking mundial, dos que mais lucraram com este tipo de operação. Socorrido no início da crise em 2008 pelo governo suíço, vai continuar lucrando se depender do governo brasileiro.
            O UBS vendeu a totalidade de suas operações brasileiras em 2009. Denominado de UBS Pactual, o banco saiu do país para voltar a operar na Europa, diante das dificuldades enfrentadas com a crise.      Mas, o governo brasileiro vai pedir brevemente, por meio de um decreto, que o UBS volte a operar como banco múltiplo no país. A volta da instituição financeira é considerada uma questão de “interesse nacional”, pois, segundo o governo, o ingresso do UBS no sistema financeiro brasileiro traria benefícios sociais, já que elevaria a concorrência do setor.
            Bem, foi por meio de um decreto que a presidente Dilma assassinou o português e passou a exigir que a chamem de “presidenta”. Agora, é também através de decreto, que se determinam os interesses nacionais?
            A verdade é que, em época de crise, o bom mesmo é ser banqueiro!


[i] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. (www.progeb.blogspot.com)
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