sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Charge da semana


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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A (in)dependência do Banco Central

Semana de 15 a 21 de setembro de 2014

Raphael Correia Lima Alves de Sena[i]

Faltando poucos dias para o primeiro turno das eleições, já temos, pelo menos, um grande vitorioso. Até o momento, o vencedor de todo o processo eleitoral vem sendo a BM&F Bovespa, já que as pesquisas eleitorais continuam sendo a principal causa de suas flutuações. Desde o dia 14 de março, quando o Ibovespa (principal índice da bolsa) atingiu a mínima do ano, o ganho acumulado é de 30%. A alta é atribuída à reviravolta causada pela efetivação da candidatura de Marina Silva (PSB) às eleições presidenciais.
Duas peculiaridades marcam as próximas eleições. Desde 1994, é a primeira vez em que todos os partidos participam da eleição presidencial, e, também, que as alianças estaduais contraditórias superam as harmônicas, em chapas com a presença de pelo menos um dos nove maiores partidos. 60% das coligações a governador é composta por siglas adversárias à Presidência. No estudo desenvolvido pela cientista política Lara Mesquita, aliança estadual contraditória é aquela formada por adversários na corrida presidencial, como é o caso da Paraíba, onde o PT apoia o governador Ricardo Coutinho (PSB).
No cenário político, o Banco Central (BC) passou a ser o principal ponto de discussão das duas candidatas com maiores intenções de votos, segundo as pesquisas. Enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) declarou ser contra a independência da autoridade monetária, alegando que não se trata de um quarto poder, Marina declarara ser a favor da tão falada independência. Entretanto, nas palavras de Claudia Safatle, “um bode na cozinha tirou a atenção do elefante que está na sala. O debate sobre a autonomia/independência do BC, apesar da grande importância, “desvia a discussão da campanha eleitoral, de outros temas espinhosos para os candidatos e para os eleitores: a necessidade de o próximo governo, qualquer que seja ter que adotar medidas impopulares para recolocar a econômica, sobretudo a política fiscal, nos trilhos”.
O protagonismo do BC na campanha eleitoral gerou mal-estar entre os próprios servidores do Banco. Vale ressaltar o repúdio dos servidores do Banco Central sobre a imagem do órgão na disputa eleitoral. O presidente do Sindicato Nacional de Servidores do Banco Central (Sinal), Daro Piffer, afirmou que “somos retratados como marionetes ou de banqueiros ou de políticos e não como um órgão de Estado.”, ao avaliar a postura da atual presidente e da candidata pessebista.
No panorama econômico brasileiro, a semana foi marcada por não ter ocorrido nenhum grande acontecimento. Por aqui, nenhum dado relevante foi divulgado e, com a proximidade do dia 5 de outubro, as especulações acerca do vencedor da disputa presidencial continuam ocupando papel principal no ânimo do “mercado”.  O destaque da semana deveu-se a um erro. A gafe ficou por conta do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que após divulgar os dados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios) 2013, voltou atrás e admitiu ter se equivocado em seus cálculos. Inicialmente, os dados apontavam um aumento na desigualdade social no Brasil. Feitas as correções, a desigualdade apresentou um leve recuo entre 2012 e 2013.
Ao redor do globo, as atenções foram voltadas para os Estados Unidos, mais especificamente para a reunião do Federal Reserve (FED, Banco Central do país). Não houve nenhuma significativa alteração na sua política econômica, o programa de compra de títulos deve ser encerrado em outubro, mas continuou com a indicação de que os juros de curto prazo permanecerão baixos, por um “tempo considerável” depois do término do programa. Já a China está tendo desempenho abaixo do esperado. A queda na produção industrial de agosto, 6,9% em relação ao ano anterior, menor leitura desde a crise financeira mundial, fez com que o governo esboçasse algumas medidas para estimular seu crescimento. Segundo operadores e analistas locais, o banco central da China planeja injetar 500 bilhões de yuans, equivalente a 81 bilhões de dólares, no sistema bancário da segunda maior economia mundial.
Por fim, retomando o debate sobre o Banco Central, assunto mais debatido na última semana de campanha, fica uma indagação: a quem realmente interessa a independência do BC? A toda a sociedade ou a uma pequena classe de especuladores?



[i]Advogado e Pesquisador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O “mercado” manda e nós obedecemos

Semana de 08 a 14 de setembro de 2014

Rosângela Palhano Ramalho[i]

            Faltando poucos dias para a eleição, os candidatos à presidência travam embates em relação à área econômica. O que surpreende é que não há nada de novo nas propostas apresentadas pelos três primeiros colocados. Todos são assessorados por economistas que partilham da mesma visão: a de que o tripé macroeconômico (regime de metas de inflação, câmbio flexível e metas de superávit primário) é o melhor remédio para a saúde da nossa economia. Até mesmo a candidata à reeleição, que não adota o mecanismo em sua plenitude, sequer cogita assumir que o abandonou ou que não o considera a melhor alternativa.
            O que não podemos esquecer é que continuamos numa conjuntura de crise. O resgate do tripé exigirá sacrifícios que acentuarão ainda mais a recessão no país. Ainda mais com uma situação econômica que só piora. O novo Boletim Focus projeta, para 2014, um crescimento do PIB de apenas 0,5%. A inadimplência continua a subir. Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o número de consumidores com contas atrasadas subiu 5,09%, em agosto, comparado a agosto do ano passado. E em relação a junho, este indicador cresceu 0,28%. O setor automobilístico continua a registrar queda das vendas e seus representantes passaram a admitir um declínio de dois dígitos, no fim do segundo semestre.
Para os candidatos de oposição não há nada a fazer a não ser os ajustes, as reformas necessárias ou, melhor dizendo, o arrocho. O arrocho permitirá, segundo eles, combater o baixo crescimento econômico, a alta inflação e o alto déficit em conta corrente. Além do cumprimento total do tripé, o “mercado” e a maioria dos economistas, consideram que se houver liberdade econômica e clareza no comunicado das instituições governamentais, liberar-se-á, no futuro, uma maior capacidade produtiva, que permitirá um crescimento “sustentado”, pois os “investidores” ficarão mais confiantes e dispostos a investir.
Conclui-se então, a partir desta argumentação, que a crise que amargamos foi causada por erros dos gestores da política econômica e não das condições objetivas que fazem parte da evolução do processo econômico e, que, não por acaso, se repetirão continuamente.
Os economistas e os analistas do “mercado”, maliciosamente, continuam a pressionar e a responsabilizar o governo pela crise e pela piora dos “fundamentos macroeconômicos”. Esta marcação cerrada já rendeu a demissão antecipada do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Acusado de ser irresponsável em suas decisões e de partilhar de uma visão “desenvolvimentista”, o ministro deverá sair do cargo, como bode expiatório, abandonado por Dilma e por Lula.
Enquanto isso, o “mercado”, que já havia “marinado”, mantém a pressão costumeira e continua a especular sobre o candidato que melhor atenderá, quando eleito, os seus interesses.
            Esta semana, cerca de 500 clientes do Bank of America Merrill Lynch (BofA) reuniram-se em um hotel em São Paulo, para que os coordenadores da campanha do PSB apresentassem o programa de governo da candidata Marina Silva. As propostas, segundo os participantes, agradaram. Mas não bastou. O mesmo público ainda quer ouvir a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e o senador mineiro Aécio Neves (PSDB).
Depois desta, pareceu despropositado o embate que acontece entre Dilma e Marina sobre os vínculos com os bancos e o crescimento dos lucros bancários. As duas candidatas se autoacusam: Marina acusa a presidente e seu antecessor de ter propiciado o aumento significativo dos lucros dos bancos e Dilma acusa a adversária, por receber o apoio de Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú.
Para se ter ideia da influência do setor financeiro, a agência de rating Moody’s revisou de “estável” para “negativa” a perspectiva da nota de crédito do Brasil. Segundo a instituição o crescimento baixo, a piora nos indicadores da dívida e a piora das expectativas dos investidores, motivou a mudança. Um detalhe é que esta revisão só se concretizará daqui a 12 ou 18 meses. Mesmo assim houve uma pressão imensa para que a presidente se pronunciasse. Ao lamentar a possível decisão, a presidente declarou que sempre desejou o melhor para o Brasil, mas que diante da conjuntura, os esforços não foram suficientes.
Só nos resta a lamentar que o Brasil continue de joelhos frente ao mercado financeiro.
Quando é que os interesses do povo serão discutidos?



[i] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. (www.progeb.blogspot.com)
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Mais uma dor de cabeça para a campanha eleitoral da presidenta.

 

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?foffset=1&offset=&ch=Paix%E3o.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

“Neste momento” o Copom mantém Selic em 11%

Semana de 01 a 07 de setembro de 2014
Nelson Rosas Ribeiro[i]

Novamente coube-me a vez de escrever na semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central (BC). O resultado da reunião foi o esperado, ou seja, a manutenção da taxa básica Selic em 11% ao ano, assegurando ao país a posição de campeão das maiores taxas de juros do mundo. Embora envergonhado por não obedecer aos patrões, os banqueiros, a taxa foi mantida diante do quadro de desaceleração da economia e mesmo de “recessão técnica” como eles mesmos afirmam.
Os dados comprovam a gravidade da situação. A economia continua desacelerando com taxas negativas de crescimento o que significa crescer como rabo de cavalo, isto é, para baixo. Cai o grau de utilização do potencial produtivo instalado e a produção, as vendas se reduzem e os estoques crescem. A produção é superior à capacidade de consumo da população, ou seja, a oferta é maior que a demanda. E aí surge a questão: por que os preços continuam a subir?
A ciência econômica oficial fica de quatro diante deste problema para o qual não encontra explicação. Só resta aos bons meninos do BC brincar com as palavras e expressões para enrolar o “mercado”. Desta vez eliminaram do comunicado oficial a expressão “neste momento” usada em comunicados anteriores. Agora os analistas se divertem debatendo o significado desta eliminação e com isto fazem suas conjecturas e apostas sobre a evolução futura a fim de maximizar a possibilidade de sucesso de suas especulações financeiras.
Mais uma vez, agindo em sentido contrário, o governo tenta estimular o consumo facilitando o crédito e procurando obrigar os bancos a aumentar a oferta de dinheiro. O que ninguém consegue é convencer uma população endividada a contrair novas dívidas.
Enquanto isso, a situação piora. A queda na venda de carros, em agosto, foi de 7,8%, em relação a julho. No acumulado do ano, já atinge 10%. A Volkswagen teme entrar no prejuízo no próximo ano. Em relação ao emprego, a situação também se agravou, em agosto. O setor de veículos e máquinas agrícolas demitiu mais de 1,4 mil trabalhadores. Desde o inicio do ano já foram liquidados 8.1 mil postos de trabalho, segundo a Anfavea, associação dos fabricantes de veículos. Isto sem contar outros 3,7 mil que estão afastados no regime de layoff. O setor de aços longos já estima uma retração de 3% nas vendas, no total do ano. A produção de aço deverá cair 2,5%, quando comparada com 2013. Em relação ao segundo trimestre de 2013, o deste ano mostrou uma queda de 8,7% na construção civil e de 5,5% na indústria de transformação. Se compararmos o segundo trimestre com o primeiro deste ano as quedas são de 2,4% para a construção civil e de 2,4% para a indústria de transformação.
As estimativas feitas por economistas consultados pelo jornal Valor Econômico, para o Produto Interno Bruto (PIB), ficaram em 0,4%, para este ano. Até o setor de serviços caiu 0,5%, na passagem do primeiro para o segundo trimestre.
O agravante é que os investimentos também se encontram em queda, o que compromete a retomada futura. A formação bruta de capital fixo, indicador que mede os investimentos, caiu 5,3%, no segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isto a taxa de investimento caiu para 16,5% do PIB, a menor desde 2006.
Por outro lado, diante das eleições, agosto mostrou que o governo vem elevando os gastos, e a meta de 1,9% do PIB, para o superávit primário, por ele mesmo estabelecida, está comprometida, mesmo com a utilização das “receitas extraordinárias”.
Outro agravante da situação é a conjuntura internacional que não apresenta melhora principalmente na União Europeia e na zona do euro. A piora da situação com queda na produção e deflação levou o Banco Central Europeu (BCE) a tomar medidas como a redução das taxas de juros e a compra de títulos ABS (lastreados em ativos) e “covered bonds” (lastreados em hipotecas e empréstimos). É um QE (afrouxamento monetário) envergonhado.
O quadro que tende a se deteriorar cria uma séria dificuldade para a campanha de reeleição da presidente Dilma.



[i] Professor Emérito da UFPB e Coordenador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).
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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Conclusão de curso da pesquisadora Roberta

A pesquisadora do Progeb, Roberta Pereira de Lima, defendeu na quarta feira, dia 20 de agosto, seu trabalho monográfico de conclusão de curso. A monografia é resultado de debates e pesquisas realizadas junto ao PROGEB, sob a orientação do Prof. Emérito e Dr. Nelson Rosas Ribeiro. O tema do trabalho foi a respeito da Desindustrialização. A pesquisadora e agora Economista fez uma análise sobre a situação da indústria do Brasil, identificando a existência do fenômeno e descrevendo suas características. Em breve disponibilizaremos aqui, o trabalho em pdf.


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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

E agora o “mercado” “marinou”

Semana de 25 a 31 de agosto de 2014

Raphael Correia Lima Alves de Sena[i]

Com a proximidade das eleições, as campanhas eleitorais passam a assumir um papel cada vez mais relevante no comportamento do mercado financeiro. A bola da vez é a candidata Marina Silva (PSB). Após a divulgação das pesquisas eleitorais que apontaram Marina como vitoriosa na disputa eleitoral, o “efeito marina” fez com que o mercado se apresentasse de forma mais otimista. A confiança dos gestores na equipe econômica que a assessora, Eduardo Giannetti e André Lara Resende, é o argumento principal para tamanha euforia. Já se escuta falar em “kit Marina”, aqueles setores e empresas que possivelmente irão se beneficiar com uma eventual eleição da candidata do PSB. Nesse “kit” encontram-se empresas como Petrobras, JBS e sucroalcooleiras.
Do outro lado da briga, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) buscam meios de conter o avanço conquistado por Marina desde a efetivação da sua candidatura à presidência da república. A reviravolta ocorrida na disputa presidencial pegou todos de surpresa, fazendo com que novas estratégias sejam utilizadas nos próximos debates. O que, sem sombra de dúvidas, é ponto comum na cartilha dos candidatos do PT e PSDB é a tentativa de desconstrução de Marina Silva, a responsável pela sacudida no cenário eleitoral.
Para a presidente Dilma há uma dificuldade a mais: a economia apresentou um fraquíssimo resultado, no segundo trimestre.
O panorama econômico nacional apresenta um quadro que é definido como de “recessão técnica”, caracterizado por uma queda por dois trimestres consecutivos do Produto Interno Bruto (PIB). O primeiro trimestre apresentou recuo de 0,2%, enquanto que no segundo trimestre o PIB retraiu 0,6%, em relação aos períodos imediatamente anteriores. Os economistas não chegam a um consenso se tal situação é realmente caracterizadora de recessão técnica. Os que defendem essa posição seguem a tese de que dois semestres consecutivos de queda do PIB já configuram recessão. No entanto, os que se opõem, se apegam ao argumento de que tais quedas necessitam de percentuais mais altos e com desemprego, o que não ocorre atualmente. De qualquer forma, é visível que, na melhor das hipóteses, o Brasil se encontra em um quadro de estagnação.
Outra importante notícia no cenário econômico foi o reajuste, para o ano de 2015, de 8,8% no salário mínimo. A alteração, proposta pelo Governo, já consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2015, que, se aprovado, garantirá ao salário mínimo o valor de R$ 788,06 a partir de janeiro do próximo ano. Na avaliação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que leva em conta os preceitos constitucionais no estabelecimento do salário mínimo vigente, ou seja, aquele capaz de atender as necessidades básicas e vitais do trabalhador e sua família, o mínimo necessário deveria ser de R$2.915,07, bem longe dos R$ 724,00 pagos atualmente.
A economia mundial ainda escorrega. Enquanto bons sinais emergem da economia americana, como a estimativa de crescimento de 4,2% para o PIB, no segundo trimestre, a estagnação é a tônica da zona do euro. A situação internacional pode ser resumida, nas palavras da Claudia Safatle, da seguinte forma: “A economia americana prossegue avançando na recuperação, a Europa patina, o Japão decepciona e a China, com crescimento estável na casa de 7,5%, saiu do primeiro plano”.
As especulações e previsões acerca do futuro presidente do Brasil ocupam papel principal no humor dos especuladores financeiros. O mercado financeiro elegeu Marina como uma “boa” presidente, mais pela real possibilidade de derrotar Dilma do que por suas propostas de governo. Um dos setores que possivelmente será beneficiado com uma eventual vitória da ex-senadora é o de bancos comerciais, uma vez que Neca Setubal, herdeira do Itaú, é a responsável por comandar o seu programa de governo, que defenderá mudança da política de crédito do governo federal, salvaguardando os interesses dos bancos privados.
E, como “o mercado não elege ninguém, mas é difícil eleger alguém contra o mercado”, frase cunhada por um dirigente de um grande banco, a vida do PT não será nada fácil nas próximas semanas.



[i]Advogado e Pesquisador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira progeb@ccsa.ufpb.br); (www.progeb.blogspot.com).
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