terça-feira, 23 de abril de 2024

Um novo caos é anunciado, mas a recuperação econômica não será interrompida

Semana de 15 a 21 de abril de 2024

 

Rosângela Palhano Ramalho [i]

            

O leitor atento deve ter percebido que os noticiários sobre a economia brasileira estão repletos de críticas às mudanças no arcabouço fiscal. A redefinição da meta fiscal de 2025 pelo governo federal de 0,5% do PIB para 0%, gerou o prenúncio de um novo caos. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que a manutenção de um superávit primário de 0,5% ano que vem, exigiria a criação ou o aumento de tributos, medidas que poderiam interromper a trajetória de crescimento da economia. Ou seja, o governo avaliou e uma decisão foi tomada.

O mercado ficou nervoso. Os vocábulos do caos vieram à tona: incerteza, risco, cautela, custo, ajuste, juros... Pronunciados pelos “analistas econômicos” da XP, Banco Fibra, SVN Gestão, BTG Pactual, BNP Paribas, Citi, XP Asset Management, LCA Consultores, Ryo Asset, os termos apenas refletem a preocupação com os interesses que representam. Juntando-se ao time, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com sua peculiar soberba, “esclareceu” que os bancos centrais “têm de se abster de fazer comentários sobre políticas fiscais”. Entretanto, não se fez de rogado e tagarelou em várias entrevistas, que agora a autoridade monetária não poderá garantir o compromisso de cortar a Selic em 0,5%, já que “o custo de fazer política monetária” ficou mais alto. O gestor mostrou-se bastante ansioso em aplicar o remédio amargo dos juros altos aos colegas indisciplinados responsáveis pela área fiscal.

Por outro lado, a extensão da guerra Israel-Palestina para o Irã também gerou alvoroço. E agora? Será que, com o possível aumento do preço do barril de petróleo derivado deste conflito, a Petrobras reduzirá a defasagem interna dos preços dos combustíveis? Por defasagem, leia-se aumento de preços! E esta defesa é feita pelos mesmos paladinos que se mostram preocupados com os efeitos inflacionários! Vejam só que absurdo, o acionista majoritário da Petrobras impedindo que a população seja punida e prejudicando os ganhos dos acionistas!

Ao mesmo tempo em que estas “grandes preocupações” pautam as análises da economia, os indicadores de crescimento continuam a ser divulgados. E, obviamente, com um pouco menos de destaque nas manchetes jornalísticas. Consumo e renda apresentaram, em janeiro, significativa melhora, o que provocou uma revisão das projeções de crescimento do PIB para o primeiro trimestre de 2024 e para o resultado anual. Dentre as instituições financeiras levantadas, o crescimento trimestral tem média de 0,75% e a estimativa de crescimento anual cresceu de uma média de 1,7% para 2%. O monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas cresceu 0,8% em fevereiro. Quando comparado ao mesmo mês do ano passado, o indicador aumentou 3,5%, e, quando apurados os últimos 12 meses, a alta é de 3%. Os investimentos, segundo apurou a FGV, estão se recuperando e o setor de serviços apresenta crescimento em todas as modalidades.

Já o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um dos principais termômetros do PIB, subiu 0,4% em fevereiro, quando comparado a janeiro. Os resultados são mais modestos que os da FGV. Mas vale salientar que o IBC-Br já registra quatro altas mensais consecutivas e em 12 meses o avanço foi de 2,34%. Por setores, o varejo ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacarejo, foi o que apresentou melhor resultado: alta de 1,2% nas vendas.

Enquanto os anunciadores do novo caos se deleitam elegendo um apocalipse para chamar de seu, o governo Lula trabalha para fortalecer a reanimação econômica. Para isso, equilibra-se tentando superar as dificuldades de negociação com o Congresso Nacional. E o pior, segue enfrentando as mais ardilosas artimanhas golpistas, com personagens que ainda não saíram de cena e continuam a esgueirar-se nas trevas, ousando sair das suas catacumbas para assombrar a democracia brasileira, desta vez com o apoio da extrema-direita internacional. Continuemos atentos!


[i] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; rospalhano@yahoo.com.br, rosangelapalhano31@gmail.com). Colaboraram os pesquisadores: Brenda Tiburtino, Valentine de Moura, Lara Souza e Maria Vitória.

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Recuperação em ambiente hostil e novas articulações para o golpe

Semana de 8 a 14 de abril de 2024

 

Nelson Rosas Ribeiro[i]

           

Como destacamos em nossas últimas análises, o processo de recuperação da economia continua em marcha. Agora mesmo, o Banco Mundial acaba de revisar de 1,3% para 1,7% sua projeção para o crescimento do PIB no Brasil, enquanto o “mercado” e o Boletim Focus do Banco Central estimam em 1,9%, e o Ministério da Fazenda em 2,2%. Corremos, porém, o risco de estar diante de um “voo de galinha”, e a recuperação ser abortada. Como afirmado anteriormente, temos um grande problema com o setor produtor de “meios de produção”, o setor de máquinas e equipamentos, que nas nossas estatísticas é medido pelos números da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), tem andado muito mal. Isto é agravado pelo envelhecimento de nosso parque industrial. A própria Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma que a idade média dos equipamentos da indústria é alta e mais de um terço está obsoleto. Segundo a pesquisa, ela encontra-se em torno dos 14 anos, e 38% está nos limites da idade, sinalizada como ciclo de vida ideal.  Com isto a produtividade é baixa, o que compromete a competitividade. Este é um problema, que só pode ser resolvido com uma política industrial ousada, que busque uma nova inserção no atual processo de globalização.

A situação é mais grave porque essa neoindustrialização deve ser feita em um ambiente externo adverso e em grandes mudanças. A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou em um discurso no Atlantic Council, centro de estudos de temas internacionais com sede em Washington, que “a atividade global está fraca em comparação com padrões históricos e as perspectivas de crescimento têm desacelerado desde a crise financeira global.” Os banqueiros dos Bancos Centrais do mundo, reunidos no simpósio de Jakson Hole, constataram algumas dessas mudanças. A primeira delas é a permanência da inflação, que não foi controlada e que continua a exigir taxas de juros elevadas. Tanto Jerome Powell (Fed dos EUA), como Christine Lagarde (Banco Central Europeu) confirmaram que é cedo para contar vantagem no controle da inflação. Nos EUA, a inflação continua a manter-se acima da meta, o que está obrigando o Fed preservar os juros altos e a levantar a hipótese de um aumento. Isso foi suficiente para uma subida do dólar e uma desvalorização das moedas dos emergentes, inclusive o real. Corremos o risco de importar a inflação mundial, o que poderá prejudicar a trajetória de redução da Selic e criar ainda mais problemas para os investimentos.

Outro assunto destacado foi a instabilidade nas condições de oferta, diante dos Lockdowns, das pandemias, da ruptura das cadeias de suprimento, dos conflitos de energia etc. Falou-se ainda no aumento dos déficits fiscais, que abalam os orçamentos dos Estados, e nas mudanças da importância dos diferentes países como a China e Índia, no processo de globalização. Foram destacados os conflitos que contribuem para o aumento da instabilidade mundial.

Se não fossem suficientes estas dificuldades econômicas, o desafio de reconstrução do país é tumultuado pela ação irresponsável da horda bolsomínia instalada dentro do Congresso e, agora, estimulada pelas convocações para as manifestações de rua. Surgiu ainda mais um reforço vindo do exterior, o que demonstra que a direita tem uma articulação internacional, que decidiu apoiar a desestabilização do Brasil, respondendo ao apelo de grupos de parlamentares, que tem feito incursões no exterior, conclamando ações contra o país. A mais recente manifestação veio do bilionário Elon Musk, que ameaçou não obedecer às decisões do STF para a retirada de contas nas plataformas de sua propriedade. O STF teve de tomar sérias medidas que o fizeram desdizer o que havia dito. No entanto, suas empresas continuam tentando ações contra o judiciário e incitando seus apoiadores através das redes sociais, e de parlamentares a seu serviço. Estas articulações acendem o alerta para a continuidade da conspiração para a realização do golpe, ou seja, o bolsonarismo ainda não se deu por vencido. Toda atenção torna-se necessária para que esta nova tentativa seja abortada.


[i] Economista, Professor Emérito da UFPB e Vice Coordenador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira; nelsonrr39@hotmail.com; (www.progeb.blogspot.com). Colaboraram os pesquisadores: Paola Arruda, Dulce Emile, Brenda Tiburtino, Maria Vitória Freitas e Lara Souza.

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terça-feira, 9 de abril de 2024

A economia decola, mas cuidado com o voo de galinha...

Semana de 01 a 07 de abril de 2024

 

Lucas Milanez de Lima Almeida [i]

 

Como sabem nossos leitores mais assíduos, as economias capitalistas se desenvolvem alternando entre momentos de maior e menor crescimento. A esse movimento periódico e regular chamamos de ciclo econômico, cujas fases são quatro: crise, depressão, reanimação e auge.

Os nomes já sugerem o que ocorre em cada fase. A crise é o momento em que      a economia como um todo desacelera, interrompendo-se um forte crescimento generalizado. Em seguida, na depressão, a economia fica quase estagnada e o crescimento atinge os níveis mais baixos (podendo até decrescer). Em seguida, a economia decola, o desemprego se reduz, as compras aumentam, o crédito retoma sua força, o consumo se eleva, etc. Essa é a fase de reanimação do ciclo. Por fim, vem a fase de auge, onde a euforia geral leva o crescimento ao seu nível máximo, preparando o terreno para outra crise.

Em sintonia com o texto da semana passada, a análise de hoje vai argumentar que a economia brasileira está em reanimação. Contudo, há um fator limitante a essa recuperação e que vai reduzir o auge que o país poderia alcançar: a desindustrialização.

A primeira boa notícia vem do mercado de força de trabalho. Semana passada já vimos que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados registrou, em fevereiro de 2024, um saldo positivo de 306 mil admissões de trabalhadores. Este aumento nas contratações foi espalhado por todos os setores da economia: indústria, agricultura, serviços, comércio e construção civil. Além disso, a PNAD Contínua mostrou que, no trimestre encerrado em fevereiro de 2024, o rendimento médio habitual do brasileiro cresceu 4,3%, em relação ao mesmo período do ano passado. Por fim, os dados do IBGE mostram que o nível de subutilização da mão de obra caiu para 17,8% do total da força de trabalho brasileira (em 2021 era de 29,3%).

A segunda boa notícia vem dos empréstimos. Na semana passada, o Banco Central elevou a estimativa de crescimento no crédito livre às pessoas físicas, que deve subir 10% esse ano, em relação ao ano passado. O motivo é a aceleração da concessão de empréstimos às famílias. Em janeiro de 2024, segundo estudos da PicPay, a parte do crédito que está ligada ao consumo (financiamento de bens, cartão de crédito, etc.) subiu 14,4%, enquanto aqueles ligados às dívidas (cheque especial, rotativo, não consignado, etc.) subiu 7,1%. Além disso, o mesmo estudo mostra que, apesar de ainda elevada, a inadimplência das famílias brasileiras tem caído intensamente. Isto se associa, por um lado, ao aumento da renda e, por outro, à redução da Selic, que ajudou a baixar os juros.

Na indústria, um setor tem se destacado: o automobilístico. No total, foram anunciados investimentos de R$ 106,85 bilhões para os próximos anos no Brasil. Por isso, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes, o setor de autopeças vai investir mais de R$ 6 bi já em 2024. Isso deve criar mais de 5 mil novos empregos diretos. Ainda na indústria, segundo a FGV, este foi o setor que mais contribuiu com o Indicador Antecedente do Emprego de março passado, que aumentou em relação a fevereiro. Por fim, em termos de produção, tanto a indústria de bens intermediários (1,5%), quanto as de bens de consumo duráveis (1,0%) e não duráveis (2,2%), apresentaram crescimento nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2024.

Porém, e aí está o grande problema, o índice médio da produção brasileira de bens de capital dos últimos 12 meses (março de 2023 a fevereiro de 2024) está 9,5% abaixo do observado nos 12 meses anteriores (março de 2022 a fevereiro de 2023). Por sua vez, nessa mesma comparação, o índice médio da quantidade importada de bens de consumo subiu 1,4%, o de bens de capital subiu 3,2% e o de bens intermediários subiu 11,4%.

Esses dados mostram que, caso a indústria brasileira não entre de vez e de forma generalizada na reanimação do crescimento econômico, essa decolagem tem tudo para ser um voo de galinha: sai do chão, mas não vai tão longe. Isto porque nossa indústria perdeu capacidade de fomentar o nosso próprio crescimento (interno). Com isso, cada vez mais os estímulos da nossa demanda local por bens industriais têm sido transferidos para fora do país, via importações.

Para mudar isso, é preciso iniciar imediatamente os investimentos/financiamentos públicos em infraestrutura pesada, como portos, rodovias e energia. Além disso, conduzir de forma bem articulada uma política industrial que renove o parque produtivo brasileiro. A missão é essa e o governo sabe disso. Mas, colocar em prática é que é o busílis.


[i] Professor do DRI/UFPB, do PPGCPRI/UFPB e do PPGRI/UEPB; Coordenador do PROGEB. (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; @almeidalmilanez; lucasmilanez@hotmail.com). Colaboraram: Maria Fernanda Vieira, Guilherme de Paula, Lara Souza, Valentine de Moura, Gustavo Figueiredo e Paola Arruda.

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quarta-feira, 3 de abril de 2024

Indicadores mostram que crescimento da economia se mantém

Semana de 25 a 31 de março de 2024

 

Rosângela Palhano Ramalho [i]

            

Caro leitor, é com grande satisfação que retorno à função de redatora das análises de conjuntura do PROGEB. A semana começa com fatos que revelam duas interfaces aterradoras do espectro político brasileiro. A primeira, se apresenta com o desfecho do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, após seis anos do ocorrido. A prisão dos mandantes do crime, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, (deputado federal e atual conselheiro do TCE-RJ, respectivamente, bastante conhecidos na esfera criminal) e o ex-chefe da Polícia Civil do Estado Rivaldo Barbosa, expôs a infiltração das milícias no Estado, a partir do envolvimento e da cooptação de agentes públicos. A segunda, se mostra a partir da reportagem que revelou o pavor que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro. Interpretando que seria preso no Carnaval em virtude da apreensão do seu passaporte pela Operação Tempus Veritatis, o ex-presidente se escondeu na Embaixada da Hungria entre os dias 12 e 14 de fevereiro. Com a cristalina intenção de pedir asilo político, o investigado declarou que sua estada teve como objetivo “manter contatos com autoridades do país amigo.”

Em meio a este cenário trágico, a economia nacional segue crescendo, conforme já destacado em nossas últimas publicações. Várias entidades já revisaram para cima a previsão de crescimento do PIB em 2024 e a queda da taxa de juros de 11,25% para 10,75% com viés de baixa para a próxima reunião do Copom é outro elemento positivo a ser frisado, uma vez que juros mais baixos contribuem para estimular o investimento produtivo. Outra boa notícia vem do mercado de trabalho. Em fevereiro, foram criadas 306,1 mil vagas formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo está bem acima daquele projetado pelas medianas das diversas instituições que previam a criação de 230 mil vagas, obrigando-as a rever suas estimativas pelo segundo mês consecutivo. Além disso, verificou-se em março, o aumento da procura pelos serviços, principalmente daqueles intensivos em mão de obra. Os indicadores que constatam esta informação são a aceleração de preços do setor que ultrapassa os 6% e a alta do Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que alcançou seu maior nível desde outubro de 2022.

O governo tem se esforçado para fortalecer a economia nacional. Esta semana foi lançada uma ação federal que certamente trará reflexos na economia. O Programa Pé-de-meia fornecerá um incentivo financeiro a estudantes do ensino médio do setor público com o objetivo de garantir a permanência e a conclusão dos alunos nesta etapa escolar. Serão dez parcelas de R$ 200,00 por ano estudado, R$ 1.000,00 na conclusão de cada ano e mais R$ 200,00 pela participação do Enem. Estes recursos, à medida que forem injetados no sistema econômico, estimularão o consumo interno de bens e serviços.

As relações do Brasil com o exterior estão sendo restabelecidas aos poucos e buscam fomentar o crescimento interno. Esta semana o Brasil recebeu a visita do presidente francês Emmanuel Macron. Os dois países lançaram um programa de investimentos em bioeconomia na Amazônia no valor de 1 bilhão de euros, o que equivale a 5,4 bilhões de reais. Os recursos virão de uma parceria entre bancos públicos brasileiros e a Agência Francesa de Desenvolvimento. E, na intenção de expandir o leque de investimentos do país, o presidente Lula e a ministra do Planejamento Simone Tebet viajarão nas próximas semanas à Colômbia, Chile e Bolívia. Serão apresentados projetos de infraestrutura que compõem o projeto Rotas de Integração, que prevê alternativas de saída para o Pacífico e uma interligação entre Manaus e portos do Norte às Guianas. Como resultado, espera-se fortalecer o comércio intrarregional por meio do encurtamento do tempo de viagem dos produtos aos seus destinos.

Proativa, a gestão econômica do atual governo federal se opõe radicalmente à gestão anterior, que optou por não governar e alimentou cuidadosamente os desvarios mentais e reacionários dos que dela faziam parte. Felizmente, a realidade atual demonstra que o país está superando aquele quadriênio obscurantista, que quase nos levou ao caos. Por outro lado, restam velhas carpideiras que “alertam” insistentemente para os “altos riscos” da melhora na economia e sequer se desculpam por estarem reavaliando constantemente suas expectativas à medida que a realidade se impõe.


[i] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; rospalhano@yahoo.com.br, rosangelapalhano31@gmail.com). Colaboraram os pesquisadores: Brenda Tiburtino, Valentine de Moura e Ryann Felix.

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