ANÁLISE DE CONJUNTURA ECONÔMICA
(Semana de 30 de janeiro a 05 de fevereiro de 2012)
(Semana de 30 de janeiro a 05 de fevereiro de 2012)
Lucas Milanez de Lima Almeida(*)
Atualmente, vivemos na chamada economia de mercado, que se caracteriza, dentre outras coisas, pela distribuição da riqueza por meio da troca. Isto quer dizer que, para obter alguns dos produtos necessários a sua sobrevivência, as pessoas precisam trocar o que elas possuem com outras. Se todos tivessem livre acesso aos instrumentos e meios de trabalho, cada um poderia criar seus produtos e, quando necessário, trocá-los, seja por dinheiro ou por outras mercadorias. O problema é que estes objetos necessários à produção, na nossa economia de mercado, são de propriedade de uma pequena parte da população e isto impe-de o livre acesso da grande maioria a eles. O resultado é que temos uma parcela da socie-dade que não pode produzir e, consequentemente, não tem nenhum produto a oferecer. E agora?! Agora, só nos resta recorrer à outra característica desse tipo de economia: a liber-dade do cidadão sobre si mesmo, liberdade de fazer suas próprias escolhas.
Sendo donos do seu destino, os homens podem oferecer às outras pessoas sua capa-cidade de trabalhar. E quem teria tamanha bondade para salvar a vida destes pobres infeli-zes e aceitar esta oferta? Os únicos que podem fazer isto são os empresários, que detêm os meios de produção. E o fazem pagando aos trabalhadores uma quantia em dinheiro sufici-ente para sua sobrevivência: o salário. Mas, sabendo que as coisas se movimentam pela troca, qual seria a recompensa para o bom empresário?
A compensação é a apropriação de tudo aquilo que o trabalhador cria durante a pro-dução. Todas as mercadorias vão para as mãos do empresário, que as vende por um preço maior do que aquele pago pelos meios de produção e pela força de trabalho. É aí que se apresenta o lucro, elemento tido como recompensa do espírito empreendedor do ser huma-no. Existe outro tipo de agente econômico que também tem esse espírito: o banqueiro.
Para ajudar os trabalhadores e lhes dar o que comer, é necessário que se tenha di-nheiro, não apenas para os salários, mas também para as máquinas, equipamentos, aluguéis, etc. Mas, se o empresário passar por um momento de dificuldade e porventura não dispuser de todo o capital, o que deve fazer? Ele pode recorrer ao banco e pegar um empréstimo. Porém, como em toda economia de mercado, esta transação deverá gerar uma recompensa: do lucro que o empresário vai receber, deve-se deduzir uma parte e entregar ao banqueiro como pagamento do capital adiantado, sob a forma de juros.
Mas, se o banco entrar em dificuldade, quem ajudará a mais bondosa de todas as instituições, provedora de fundos para a manutenção da humanidade? Como na Grécia, Itália e Espanha, quem pode ajudar os bancos são os governos democraticamente eleitos.
E, mesmo falando em democracia, vivemos numa economia de mercado. Tudo fun-ciona pelo toma lá da cá. Não é novidade para o nosso leitor a situação atual da economia global e brasileira. Só quem não admite ainda é o ministro Mantega, que está tão ultrapas-sado que suas previsões ganharam uma fórmula: “Se ele disser que vai crescer (o PIB) 4%, cresce 3%. Se disser que vai crescer 3%, dá 2%”. Esta afirmação foi feita por uma fonte que participa da viabilização de um novo pacto pelo crescimento econômico, formado pelo governo e um conjunto dos maiores empresários do país, dentre banqueiros e empresários industriais. O desespero é grande, pois, além de tudo, é ano de eleições municipais.
Mas, por que o governo quer garantir o crescimento e salvar os empresários? Já vi-mos que são eles os bons cidadãos que empregam os pobres trabalhadores. Por outro lado, será que não existe mais algum motivo para este desespero? A resposta pode estar na pres-tação de contas do PT em 2010: dos R$ 212 milhões recebidos, 82% foram doações de pes-soas jurídicas, dentre as quais, empresas públicas e privadas. Só o Itaú Unibanco doou R$ 4 milhões, o Banco BankPar S/A doou R$ 3,2 milhões e as construtoras Queiroz Galvão, Odebrecht e Andrade Gutierrez, pelo menos R$ 1 milhão cada uma.
Diante da generosidade dos empresários, ficou difícil agradar a todos. Como maio-res doadores, os bancos tiveram o maior retorno: em 2011, o Brasil pagou R$ 236,7 bilhões em juros e encargos da dívida pública, o que representou 5,72% do PIB. Imaginem como ficaram os industriais: deixaram de pensar na desindustrialização que o Brasil está sofrendo para imaginar o que poderiam fazer com esta quantia. E os trabalhadores, que desejavam ter um aumento de pelo menos R$ 360 no grandioso salário mínimo.
Fazer o que? É o mercado! Recebe quem tiver mais para oferecer.
Sendo donos do seu destino, os homens podem oferecer às outras pessoas sua capa-cidade de trabalhar. E quem teria tamanha bondade para salvar a vida destes pobres infeli-zes e aceitar esta oferta? Os únicos que podem fazer isto são os empresários, que detêm os meios de produção. E o fazem pagando aos trabalhadores uma quantia em dinheiro sufici-ente para sua sobrevivência: o salário. Mas, sabendo que as coisas se movimentam pela troca, qual seria a recompensa para o bom empresário?
A compensação é a apropriação de tudo aquilo que o trabalhador cria durante a pro-dução. Todas as mercadorias vão para as mãos do empresário, que as vende por um preço maior do que aquele pago pelos meios de produção e pela força de trabalho. É aí que se apresenta o lucro, elemento tido como recompensa do espírito empreendedor do ser huma-no. Existe outro tipo de agente econômico que também tem esse espírito: o banqueiro.
Para ajudar os trabalhadores e lhes dar o que comer, é necessário que se tenha di-nheiro, não apenas para os salários, mas também para as máquinas, equipamentos, aluguéis, etc. Mas, se o empresário passar por um momento de dificuldade e porventura não dispuser de todo o capital, o que deve fazer? Ele pode recorrer ao banco e pegar um empréstimo. Porém, como em toda economia de mercado, esta transação deverá gerar uma recompensa: do lucro que o empresário vai receber, deve-se deduzir uma parte e entregar ao banqueiro como pagamento do capital adiantado, sob a forma de juros.
Mas, se o banco entrar em dificuldade, quem ajudará a mais bondosa de todas as instituições, provedora de fundos para a manutenção da humanidade? Como na Grécia, Itália e Espanha, quem pode ajudar os bancos são os governos democraticamente eleitos.
E, mesmo falando em democracia, vivemos numa economia de mercado. Tudo fun-ciona pelo toma lá da cá. Não é novidade para o nosso leitor a situação atual da economia global e brasileira. Só quem não admite ainda é o ministro Mantega, que está tão ultrapas-sado que suas previsões ganharam uma fórmula: “Se ele disser que vai crescer (o PIB) 4%, cresce 3%. Se disser que vai crescer 3%, dá 2%”. Esta afirmação foi feita por uma fonte que participa da viabilização de um novo pacto pelo crescimento econômico, formado pelo governo e um conjunto dos maiores empresários do país, dentre banqueiros e empresários industriais. O desespero é grande, pois, além de tudo, é ano de eleições municipais.
Mas, por que o governo quer garantir o crescimento e salvar os empresários? Já vi-mos que são eles os bons cidadãos que empregam os pobres trabalhadores. Por outro lado, será que não existe mais algum motivo para este desespero? A resposta pode estar na pres-tação de contas do PT em 2010: dos R$ 212 milhões recebidos, 82% foram doações de pes-soas jurídicas, dentre as quais, empresas públicas e privadas. Só o Itaú Unibanco doou R$ 4 milhões, o Banco BankPar S/A doou R$ 3,2 milhões e as construtoras Queiroz Galvão, Odebrecht e Andrade Gutierrez, pelo menos R$ 1 milhão cada uma.
Diante da generosidade dos empresários, ficou difícil agradar a todos. Como maio-res doadores, os bancos tiveram o maior retorno: em 2011, o Brasil pagou R$ 236,7 bilhões em juros e encargos da dívida pública, o que representou 5,72% do PIB. Imaginem como ficaram os industriais: deixaram de pensar na desindustrialização que o Brasil está sofrendo para imaginar o que poderiam fazer com esta quantia. E os trabalhadores, que desejavam ter um aumento de pelo menos R$ 360 no grandioso salário mínimo.
Fazer o que? É o mercado! Recebe quem tiver mais para oferecer.
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