Semana de 23 a 29 de dezembro de 2024
Rosângela Palhano Ramalho[1]
Estimado leitor, esta é a última análise do
ano. O balanço geral dos 53 textos semanais publicados neste espaço nos fornece
um resultado: apesar dos pesares e contrariando todas as expectativas, a
economia brasileira em 2024 foi muito bem, obrigada! Não foi um ano fácil. O
presidente, que já administrou o país por duas vezes, elegeu-se oferecendo uma
pauta cristalina para a economia, mas continua a enfrentar as mais variadas
acusações e boicotes. Resiliente, Lula, como político tarimbado que é,
sobreviveu à tentativa de golpe em 2023, e
Até agora só quebraram a cara! Parte da
“patriotada” das Forças Armadas está encarcerada pela participação nos planos
de tomada de poder
No início do ano, as expectativas de
crescimento já demonstravam que a ideologia dos consultados tinha se sobreposto
à realidade observável. A vontade, a torcida, o querer, enterraram a seriedade
das análises econômicas. Matéria da Folha de São Paulo publicada em fevereiro
de título “Economia está devagar, quase parando, avaliam consultorias”, previa
um PIB de 1,5% em 2024. O erro é grosseiro. Vamos crescer em torno de 4%! O
mercado errou e errou feio! Reforcemos: errou e muito! Sistematicamente! Nas projeções
de crescimento trimestrais
Como sobreviveu, Lula passou a ser atacado
diretamente. Os indecentes (sem ruborizar), colocam sua face à luz! E vendem a
falsa ideia de que o governo está por um fio. O Jornal Valor Econômico, por
exemplo, publicou, na última semana do ano, precisamente em 23 de dezembro,
três análises que demonstram a patifaria. Em texto sem assinatura e de título
“BC atenua crise, mas é hora de o governo se ajudar”, o jornal sugere que “o
governo está em córner, na metade final do mandato”, em virtude de sua “leniência
fiscal”
AEnfim, o Natal chegou. E de acordo com a
Neotrust Confi, entre os dias 01 e 25 de dezembro, as compras online
movimentaram R$ 26 bilhões, alta nominal de 20,6% em comparação ao mesmo
período de 2023. O Itaú Unibanco, apurou que na semana anterior ao Natal, o
comércio on-line e o físico,
cresceram 12,3% em relação ao mesmo período de 2023. O ano findou e os teóricos
do caos continuarão a bradar seus impropérios nas manchetes e editoriais Brasil
afora. Mas isso não mudará a realidade. O Brasil foi a décima economia do mundo
que mais cresceu em 2024 e terceira no G-20, apesar do mercado, da ideologia,
dos analistas de visão única e daqueles disfarçados de patriotas.
Um brinde à economia! Um brinde a vocês
caros leitores! À equipe do PROGEB! Adeus 2024! E um feliz 2025 a todos nós!
[1] Professora do Departamento de Economia da UFPB e
pesquisadora do PROGEB (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; rospalhano@yahoo.com.br,
rosangelapalhano31@gmail.com). Colaboraram: Lara Souza, Brenda Tiburtino,
Gustavo Figueiredo, Camylla Maria, Miguel Oliveira e Mateus Eufrásio.