quinta-feira, 31 de julho de 2025

DEMOCRACIA E ECONOMIA BRASILEIRA RESISTEM; NO GOLPISTA, TORNOZELEIRA ELETRÔNICA...

Semana de 21 a 27 de julho de 2025

    

Rosângela Palhano Ramalho[1]

  

Estimado leitor, os ânimos continuam exaltados no país. O anúncio da tarifação de 50% dos produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos, que vigorará a partir de 01 de agosto, e a colocação da tornozeleira eletrônica no criminoso reincidente Jair Bolsonaro, dominaram os assuntos da semana.

Enquanto isso, a economia resiste. A inflação está sob controle, e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo apurou que a Intenção de Consumo das Famílias subiu 0,6% em julho comparada a junho, em virtude do maior acesso ao crédito e de perspectivas profissionais ainda favoráveis. No mercado de força de trabalho o arrefecimento esperado ainda não aconteceu. Um estudo da LCA 4intelligence concluiu que os salários são responsáveis por 2/3 da inflação dos serviços, o que significa que os ganhos salariais continuam a alimentar a economia.

No âmbito externo, desde que Donald Trump passou a ameaçar o mundo com a guerra tarifária, o Brasil vem se preparando para negociar ou retaliar, a depender das condições oferecidas pelo governo americano. A questão é que os Estados Unidos vêm deixando claro em declarações públicas, que seus interesses ultrapassam as singelas questões comerciais, até porque é o Brasil quem arca com déficit nestas transações. Trump utiliza os instrumentos de política comercial para chantagear parceiros e obter ganhos nas negociações internacionais. Além disso, o aumento aleatório das tarifas está servindo para camuflar a sua cobiça pelo Pix, sistema de pagamentos brasileiro que frusta a usura das instituições de crédito americanas, sua insatisfação no regramento interno das poderosas big techs americanas e sua avidez pelos minerais de terras raras disponíveis no território brasileiro.

Por mais incrível que pareça, Trump tem o apoio de políticos e empresários brasileiros que à luz do dia tentam responsabilizar o presidente Lula pelo ataque leviano. Ao lado de Eduardo Bolsonaro – que, claramente, está precisando de tratamento médico e judicial –, os potenciais candidatos à presidência em 2026 a saber, Romeu Zema, Ronaldo Caiado, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior, jogaram os interesses e a soberania do país no esgoto, esperando herdar os votos do inelegível Jair e derrubar o governo Lula.

Enquanto os termos da negociação envolverem a perda da soberania brasileira, através da intervenção nas decisões do Poder Judiciário, não haverá conversa, diz o Brasil. Até agora, todas as tentativas de intimidação à Justiça brasileira não surtiram efeito. Após 8 dias do anúncio da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, o ministro Alexandre de Moraes não hesitou em enfeitar o tornozelo do ex-presidente Jair Bolsonaro com um acessório eletrônico de controle. De forma descarada, o réu-mor da trama golpista cometeu novos crimes, e agora o golpista vai responder por coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania brasileira. Além disso, a revogação dos vistos americanos de 8 dos 11 ministros juízes do Supremo Tribunal Federal, embora tenha sido motivo de reclamação do governo brasileiro, que cumpre seu papel institucional, foi solenemente ignorada pela Suprema Corte. Com isso, a democracia brasileira continua de pé, embora os golpistas tentem destruí-la a partir da subserviência externa.

Vivenciamos tempos sombrios. Patriotas autointitulados atentam contra sua pátria e políticos eleitos democraticamente declaram livremente que vivem numa ditadura. Os amargos acontecimentos estão sendo registrados em nossa história. E como o PROGEB é longevo, nossos leitores têm a possibilidade de acompanhar em nossas análises, eventos importantes acontecidos há pelo menos 17 anos. No momento, esta coluna registra o início da punição dos inúmeros crimes que foram cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a partir da finalização dos processos abertos contra ele.

Após participar de uma reunião com líderes e parlamentares do Partido Liberal, o delinquente exibiu seu adorno aos repórteres e lançou a seguinte lorota: “Não roubei os cofres públicos. Não desviei recurso público. Não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso daqui é o símbolo da máxima humilhação.” Felizmente, no Brasil não é o meliante quem define o crime e a punição. Este senhor será preso pelos seguintes delitos: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. E irá para o lixo da história. A política e a democracia brasileira agradecem.


[1] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; rospalhano@yahoo.com.br, rosangelapalhano31@gmail.com). Colaboraram: Bruno Lins, Victória Rodrigues, Mateus Eufrásio, Nelson Rosas, Antônio Queiroz e Julia Dayane.


 

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sexta-feira, 18 de julho de 2025

TRUMP, CHINA, TARCÍSIO E LULA...

Semana de 07 a 13 de julho de 2025

    

Lucas Milanez de Lima Almeida [i]

 

Na última semana, vimos mais um ataque frontal à nossa soberania nacional. Donald Trump anunciou uma sobretaxa de 50% sobre os produtos exportados pelo Brasil aos EUA. Na aparência, e para o círculo da extrema direita, isto seria uma reação em resposta às “ofensivas” do poder judiciário contra Jair Bolsonaro e seus asseclas, que tentaram dar um Golpe de Estado, e contra as redes sociais sediadas naquele país. Além disso, também seria uma resposta a uma relação comercial “injusta” para os americanos. Na essência, o motivo é outro.

Também na semana passada, reuniram-se os países integrantes do BRICS. Dentre outras coisas, o grupo debateu meios alternativos de aumentar seu desenvolvimento socioeconômico, com o objetivo de reduzir a dependência dos EUA. Como têm mostrado as medidas (externas e internas) adotadas pelos EUA há quase uma década, a ascensão da China como uma potência produtiva e tecnológica tem feito frente ao poder global dos norte-americanos. E são exatamente esse possível distanciamento dos EUA e a aproximação com a China que estão no centro da ação de Trump.

Desde nossa origem, as classes dominantes brasileiras se associaram de forma subordinada ao capital estrangeiro. Inicialmente, isso foi uma imposição da relação entre a metrópole invasora (Portugal) e a colônia invadida (Brasil). Quando da independência, no século XIX, isto se transformou numa necessidade objetiva: depois de 300 anos de ocupação e exploração colonial, o território brasileiro mal reunia condições para produzir os produtos que necessitava para manter as suas classes (principalmente as mais abastadas). Assim, a economia mundial era a grande fornecedora de capital (dinheiro e mercadorias) para aqueles que viviam no Brasil.

 No século XX, sobretudo após a 2ª Guerra Mundial, nossa economia avançou muito, ao se transformar em uma pujante economia industrial (mas também agrária). Sob a liderança dos EUA, estabeleceu-se uma nova ordem global, assentada na transnacionalização do capital. Em outras palavras, a expansão das empresas no lado ocidental atingiu um patamar em que sua lucratividade depende, cada vez mais, do seu funcionamento simultâneo em vários países, incluindo o Brasil e muitos países asiáticos.

Nesse meio tempo, a China “aprendeu” as regras desse jogo e passou a jogá-lo muito bem. O país conseguiu ascender à sua atual posição dentro desta ordem global imposta pelos EUA. Ou seja, depois de intensos esforços para transformação doméstica, os chineses passaram a ganhar espaço no capitalismo mundial se expandindo através da ordem internacional vigente. Para além do desenvolvimento tecnológico já citado, que coloca o país como concorrente de países avançados, a China passou a se expandir na direção de países atrasados, com acordos de financiamento, compartilhamento de tecnologia, investimentos diretos, etc.

É nesse contexto que precisamos entender a ação de Donald Trump, não apenas a sobretaxa ao Brasil, mas ao mundo (Coreia do Sul e Japão também receberam cartas recentes do presidente). Seguindo seu já conhecido modus operandi de negociação, ele está criando um caos inicial que lhe dê maior poder de barganha quando se sentar para negociar. Em outras palavras, ele dá um susto em seu interlocutor ao colocar o sarrafo de suas exigências lá no alto. Em seguida, ele se senta para negociar a partir da altura que ele colocou o sarrafo, dando-lhe maior vantagem na obtenção do resultado que deseja.

Bom, diante disso tudo, onde entram a soberania brasileira e o interesse nacional nessa história? Antes de mais nada, é preciso dizer que os principais afetados pelas sobretaxas são os empresários que exportam para os EUA, em especial, o setor primário-exportador. São eles, também, que compõem uma parte significativa da classe dominante brasileira na atualidade. Para além de uma questão de soberania, que de fato se impõe pela forma (aparência) como o fato se manifesta, enfrentar essas medidas é, em essência, defender os interesses da classe dominante nacional.

Sem trazer qualquer conclusão, apenas uma reflexão, as questões que ficam são: quem, neste momento, está do lado dos “interesses nacionais” e quem é o sabujo que sequer teve coragem de se manifestar contra o ataque ao país? Será que a burguesia é tão subalterna ao ponto de apoiar Tarcísio, mesmo ele tendo reagido como reagiu ao fato? Certamente, quando o bolso pesar, a burguesia vai atrás daquele que defenda o interesse nacional, quer dizer, os interesses da classe dominante, quem quer que ele seja. Assim é o Estado Burguês.


[i] Professor (DRI/UFPB; PPGCPRI/UFPB; PPGRI/UEPB) e Coordenador do PROGEB. (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; @almeidalmilanez; lucasmilanez@hotmail.com). Colaboraram: Antonio Queirós, Bruno Lins, Ícaro Moisés, Julia Dayane e Lara Souza.


 

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domingo, 13 de julho de 2025

ENTRE GIGANTES, O BRASIL FALA DE PÉ

Semana de 30 junho a 06 de julho de 2025

    

Paola Teotônio Cavalcante de Arruda[i]

 

Na última reunião dos BRICS — bloco que hoje reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Egito, Etiópia, Indonésia e Emirados Árabes — os debates sinalizaram uma inflexão clara na geopolítica e na economia mundiais. Compondo quase 50% da população mundial, 40% do PIB global e 25% do comércio internacional, o BRICS deixou de ser apenas um grupo simbólico de economias emergentes para se tornar um verdadeiro contrapeso à hegemonia ocidental. Nesse cenário, o presidente Lula ganhou destaque, ao levantar com firmeza a bandeira da desdolarização do comércio global, defendendo a criação de uma nova moeda para transações entre os países do bloco. A proposta não é só econômica: é também política. Trata-se de romper com a dependência do dólar, que historicamente tem sido usado como instrumento de poder e de pressão por parte dos EUA.

A proposta de uma nova moeda, ainda em fase embrionária, foi bem recebida por diversos membros do bloco, que veem nela uma possibilidade concreta de enfrentar o poder desproporcional exercido pelo sistema financeiro ocidental. A discussão, todavia, não foi bem avaliada por Donald Trump, presidente norte-americano, que ameaçou, via redes sociais, taxar em mais 10% “qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas do BRICS”.

Além disso, dias após o encerramento da cúpula dos BRICS, Donald Trump também usou suas redes sociais para anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. Seus motivos? A existência de um "déficit comercial inaceitável" para os EUA nas relações com o Brasil e de uma “caça às bruxas” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado pela justiça brasileira por tentativa de golpe de Estado.

Em primeiro lugar, a afirmação de déficit estadunidense é factualmente falsa: nos últimos 15 anos, foi o Brasil quem apresentou déficit comercial com os Estados Unidos, e não o contrário. Ou seja, a justificativa de Trump é economicamente distorcida, servindo apenas como pretexto político-eleitoral para alimentar o discurso nacionalista e protecionista que tanto marcou e continua a marcar sua gestão.

Além disso, o argumento de que o Brasil estaria promovendo uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro é mais do que uma declaração infeliz. Trata-se de uma clara tentativa de ingerência nos assuntos internos do Brasil, ferindo diretamente os princípios da soberania nacional. Ao atrelar essa narrativa à imposição de tarifas econômicas, o que se desenha é uma pressão política velada, na qual medidas comerciais são usadas como instrumento de intimidação para influenciar o curso de investigações e julgamentos conduzidos pelo Judiciário brasileiro. Em outras palavras, é uma tentativa explícita de enfraquecer a autonomia das instituições brasileiras e de condicionar decisões internas à vontade de interesses estrangeiros, algo inaceitável em qualquer Estado soberano e democrático.

No Brasil, a reação foi imediata: a população criticou duramente a fala de Trump, e o presidente Lula, sem titubear, afirmou que o Brasil não aceitará intimidações, que está aberto ao diálogo, mas que responderá com base no princípio da reciprocidade. Em outras palavras: se vier taxação, virá resposta proporcional. O Brasil não se submeterá a chantagens externas, ainda mais vindas de um político que distorce dados e busca interferir em investigações legítimas de outro país soberano.

O Brasil tem parceiros comerciais tanto no BRICS quanto fora dele, e não depende exclusivamente dos Estados Unidos para manter sua balança comercial saudável. Além disso, o país ocupa uma posição geoeconômica estratégica e rara no cenário global: está entre os dez países mais populosos, com maior extensão territorial e com as maiores economias do mundo. Poucos países reúnem simultaneamente essas três características, e isso não é trivial.  É hora de reconhecer que o mundo já não gira em torno de uma única potência, e que o Brasil tem plenas condições de exercer um papel protagônico, com autonomia e dignidade.

Em resumo? O Brasil não é o quintal de ninguém. Não é satélite dos EUA. Não é “país do futuro” – é país do presente. E se os EUA quiserem impor tarifas e fazer ameaças, que saibam: o Brasil está de pé, forte, estratégico e pronto para responder à altura.


[i] Pesquisadora do PROGEB e Graduada em Relações Internacionais (UFPB). (paolatc.arruda@gmail.com). Colaboraram:  Brenda Tiburtino, Camylla Martins, Lara Souza, Maria Julia, e Victoria Rodrigues.

  

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sábado, 5 de julho de 2025

O QUE ESTÁ EM JOGO NO BRASIL ATUAL

Semana de 23 a 29 de junho de 2025

  

Rosângela Palhano Ramalho[1]

 

Caro leitor, todas as semanas esta coluna atualiza as informações da conjuntura nacional e fica cada vez mais claro que, se assumíssemos a realidade econômica como aquela retratada pelo jornalismo econômico, já havíamos, como muitos, decretado o fim do governo e do Brasil. Com interesses diversos, a sabotagem ao governo e aos bons resultados da economia continua. A oposição política segue em desespero por um candidato competitivo à presidência da República em 2026, na esteira de um zumbi chamado Jair Bolsonaro. Enquanto isso, a elite econômica, órfã também de candidato, alimenta o tradicional ranço contra os governos alinhados à esquerda política e desvia o olhar do grande volume de desonerações e benefícios recebidos da máquina pública, para o ajuste fiscal.

            A política de juros altos, encabeçada pelo Banco Central, segue voraz na tentativa de conter a economia. A taxa aumentou de 14,75% para 15% na última reunião do Copom, quando a inflação registra queda de 0,36% para 0,26% entre maio e junho, segundo o IBGE. Uma semana antes, foi divulgado o monitor do PIB calculado pela FGV, que apresentou queda de 0,4% em abril comparada a março, quando cresceu 1,3%. Outro indicador, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou alta de apenas 0,16% em abril, quando em março havia crescido 0,71%. Portanto, está em curso não só a desaceleração da inflação, mas também um arrefecimento da atividade econômica. Mesmo assim, o incômodo continua, afinal, a economia insiste em crescer. Por isso, o Copom já avisou em sua ata, que o arrocho monetário ainda não foi suficiente, e que está disposto a manter o aperto pelo tempo que for necessário.

Infelizmente, querido leitor, inverteu-se a interpretação da conjuntura econômica. Enquanto o jornalismo festeja o aumento dos juros, os bons resultados vêm acompanhados sempre de muitos “ses”. Pois, ao que parece, nada deve ser considerado como positivo a não ser uma baixa inflação acompanhada de um severo ajuste fiscal. Nesta frente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad encabeça as negociações para manter a execução das políticas públicas. Suas idas ao Congresso Nacional, viraram quase um pedido de licença para que o governo exerça a função de governar. Cobrando, e sem direcionar onde cortar gastos, os parlamentares tentam, por motivações políticas e econômicas, encurralar o governo, que, por sua vez, busca cumprir o arcabouço fiscal por meio da alta na arrecadação. O instrumento de disputa da vez é o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para algumas operações que passariam a ser taxadas e outras que têm previsão de aumento de alíquotas.

Ainda sem acordos no que diz respeito à questão fiscal, percebe-se que o conteúdo passou a integrar 99% dos artigos de opinião e editoriais dos maiores dos noticiários do país, enquanto os dados conjunturais da economia brasileira e os consequentes avanços sociais são sistematicamente omitidos. Instituições externas palpitam e aconselham o Brasil sobre a necessária disciplina fiscal. Richard Gnodde, vice-presidente do Goldman Sachs, opinou que para manter sua atratividade, o país precisa “promover reformas estruturais certas” para “crescer e superar o desafio fiscal”. Já o Banco Mundial informa que o Brasil precisa fazer ajuste fiscal de 3%, incluindo, na pauta, novas reformas previdenciária e administrativa. Que falta de pudor. Por que não estamos surpresos? O ajuste “certo” só o é se punir os pobres.

Enfim, aqueles que alimentam o cenário melancólico de liquidação deste governo, 1 ano e meio antes das eleições de 2026, parecem estar vivendo como Bobby. Personagem principal da série infantil O Fantástico Mundo de Bobby, veiculada na década de 1990, Bobby vivencia sua vida cotidiana de forma fantasiosa e fantástica, a partir da sua mente imaginosa. Mas, o limite entre a fantasia e a realidade é perfeitamente claro quando o episódio aventuresco termina. Por aqui é diferente. Enquanto novos episódios de disputa são criados, oposição política e analistas econômicos tentam encurralar a sociedade brasileira em sua realidade imaginada.


[1] Professora do Departamento de Economia da UFPB e pesquisadora do PROGEB (@progebufpb, www.progeb.blogspot.com; rospalhano@yahoo.com.br, rosangelapalhano31@gmail.com). Colaboraram: Rubens Gabriel, Antônio Queiroz, Mateus Eufrásio, Nelson Rosas, Júlia Bomfim e Julia Dayane.

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