Semana de 05 a 11 de abril de 2010
Será possível realizar a mais básica aspiração dos seres humanos que é a satisfação das suas necessidades de forma sustentável, em harmonia, equilíbrio e estabilidade?
No cenário internacional alguns destaques merecem a atenção do leitor. Nos Estados Unidos, continua débil a tendência para a recuperação do mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Business Roundtable, entidade que reúne presidentes das grandes empresas note americanas, 29% dos associados revelam que pretendem aumentar seus quadros; 21% dizem que os vão reduzir e a metade pretende manter o número de empregados. A economia daquele país tem encontrado obstáculos significativos à sua retomada, dentre os quais a estagnação do setor imobiliário. Segundo o Presidente do Banco Central americano Ben Bernanke, numa situação ainda de estagnação, não há pressa para elevação da taxa de juro. Na economia européia, a retomada é morna, mantendo-se estável o crescimento do PIB, nos dois últimos trimestres, enquanto o Euro vem sofrendo pressões para desvalorização, um pouco por todo o mundo. Na semana em análise, sua cotação foi de R$ 2,3692, segundo as notícias veiculadas pela mídia, desde maio de 2002, foi alcançada. Na China, o terceiro maior banco em ativos, Banco Agrícola da China prepara-se para abrir o seu capital através de uma operação que poderá levantar US$ 29 bilhões e que será a maior do gênero já alguma vez registrada no mundo. Em 2009, aquela empresa financeira gerou um lucro líquido de US$ 9,5 bilhões. Até Cuba não consegue ficar alheia ao movimento de abertura que comanda a generalidade das economias do planeta. O setor açucareiro, deixará de ser estatal, para tornar-se de economia mista tentando atrair investidores.
Tudo que foge a essa regra permanece no mundo da ficção, como Avatar!
Quanto ao crescimento econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE prevê para os países do G7 (EUA, Japão,Alemanha, Reino Unido,França Itália e Canadá), um crescimento fraco no PIB, nesse primeiro trimestre, de 1,95%. Para a economia dos Estados Unidos projeta-se uma taxa de 2,4%, no acumulado de janeiro a março, e de 2,3%, entre abril e junho. A maior parte do crescimento da economia mundial desse ano deverá decorrer do crescimento de países, que não constaram do relatório da OCDE, como o Brasil, a China e a Índia.
China e Brasil continuam a travar forte disputa por mercados. Em 2006, o Brasil exportou para o Chile US$ 207 milhões de dólares em telefones móveis e a China, US$24,6 milhões. No ano passado as exportações brasileiras caíram para US$84 milhões, enquanto as dos chineses subiram para US$ 217 milhões. No setor agrícola, finalmente, o Brasil conseguiu a redução de subsídios do governo americano aos seus produtores de algodão.
Internamente, no senado, foi aprovado o aumento da cota de participação brasileira no Fundo Monetário Internacional - FMI, e, consequentemente, o seu poder de voto naquele organismo internacional. No campo econômico a Ford no Brasil manifestou o propósito de investir um montante de R$ 4 bilhões, entre 2011 e 2015. Foi decidido o reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras com efeitos positivos para a EMBRAER. As vendas de Pcs cresceram 33%, nesse trimestre e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADES aprovou a compra da Kaiser pela holandesa Heineken.
Em meio a isso tudo, o único elemento novo que pode alimentar um sonho de Avatar é a presença do autor da superprodução, o realizador canadense James Cameron, que veio ao Brasil e pediu ao presidente brasileiro que assuma o papel de "herói", anulando a construção, na Amazônia, da terceira maior barragem hidroelétrica do mundo, que, apesar de envolver riscos ambientais recebeu, no início de fevereiro, o aval do ministério do Ambiente.
Mas, lamentavelmente, o almejado mundo nos moldes de Avatar continua a ser um sonho quase impossível e somente alguns utopistas como o Sting, os ecologistas, além de naturalmente os índios das margens do Xingu, estão neste momento em sintonia com aquela petição.
Texto escrito por:
Elivan Gonçalves Rosas Ribeiro: Professora do Departamento de Economia da UFPB e Pesquisadora do PROGEB - Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. progeb@ccsa.ufpb.br.
No cenário internacional alguns destaques merecem a atenção do leitor. Nos Estados Unidos, continua débil a tendência para a recuperação do mercado de trabalho. Segundo pesquisa do Business Roundtable, entidade que reúne presidentes das grandes empresas note americanas, 29% dos associados revelam que pretendem aumentar seus quadros; 21% dizem que os vão reduzir e a metade pretende manter o número de empregados. A economia daquele país tem encontrado obstáculos significativos à sua retomada, dentre os quais a estagnação do setor imobiliário. Segundo o Presidente do Banco Central americano Ben Bernanke, numa situação ainda de estagnação, não há pressa para elevação da taxa de juro. Na economia européia, a retomada é morna, mantendo-se estável o crescimento do PIB, nos dois últimos trimestres, enquanto o Euro vem sofrendo pressões para desvalorização, um pouco por todo o mundo. Na semana em análise, sua cotação foi de R$ 2,3692, segundo as notícias veiculadas pela mídia, desde maio de 2002, foi alcançada. Na China, o terceiro maior banco em ativos, Banco Agrícola da China prepara-se para abrir o seu capital através de uma operação que poderá levantar US$ 29 bilhões e que será a maior do gênero já alguma vez registrada no mundo. Em 2009, aquela empresa financeira gerou um lucro líquido de US$ 9,5 bilhões. Até Cuba não consegue ficar alheia ao movimento de abertura que comanda a generalidade das economias do planeta. O setor açucareiro, deixará de ser estatal, para tornar-se de economia mista tentando atrair investidores.
Tudo que foge a essa regra permanece no mundo da ficção, como Avatar!
Quanto ao crescimento econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE prevê para os países do G7 (EUA, Japão,Alemanha, Reino Unido,França Itália e Canadá), um crescimento fraco no PIB, nesse primeiro trimestre, de 1,95%. Para a economia dos Estados Unidos projeta-se uma taxa de 2,4%, no acumulado de janeiro a março, e de 2,3%, entre abril e junho. A maior parte do crescimento da economia mundial desse ano deverá decorrer do crescimento de países, que não constaram do relatório da OCDE, como o Brasil, a China e a Índia.
China e Brasil continuam a travar forte disputa por mercados. Em 2006, o Brasil exportou para o Chile US$ 207 milhões de dólares em telefones móveis e a China, US$24,6 milhões. No ano passado as exportações brasileiras caíram para US$84 milhões, enquanto as dos chineses subiram para US$ 217 milhões. No setor agrícola, finalmente, o Brasil conseguiu a redução de subsídios do governo americano aos seus produtores de algodão.
Internamente, no senado, foi aprovado o aumento da cota de participação brasileira no Fundo Monetário Internacional - FMI, e, consequentemente, o seu poder de voto naquele organismo internacional. No campo econômico a Ford no Brasil manifestou o propósito de investir um montante de R$ 4 bilhões, entre 2011 e 2015. Foi decidido o reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras com efeitos positivos para a EMBRAER. As vendas de Pcs cresceram 33%, nesse trimestre e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADES aprovou a compra da Kaiser pela holandesa Heineken.
Em meio a isso tudo, o único elemento novo que pode alimentar um sonho de Avatar é a presença do autor da superprodução, o realizador canadense James Cameron, que veio ao Brasil e pediu ao presidente brasileiro que assuma o papel de "herói", anulando a construção, na Amazônia, da terceira maior barragem hidroelétrica do mundo, que, apesar de envolver riscos ambientais recebeu, no início de fevereiro, o aval do ministério do Ambiente.
Mas, lamentavelmente, o almejado mundo nos moldes de Avatar continua a ser um sonho quase impossível e somente alguns utopistas como o Sting, os ecologistas, além de naturalmente os índios das margens do Xingu, estão neste momento em sintonia com aquela petição.
Texto escrito por:
Elivan Gonçalves Rosas Ribeiro: Professora do Departamento de Economia da UFPB e Pesquisadora do PROGEB - Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira. progeb@ccsa.ufpb.br.
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