quarta-feira, 25 de outubro de 2023

A agressão do estado sionista de Israel

Semana 16 a 22 de outubro de 2023

 

Nelson Rosas Ribeiro[i]

           

Falamos na análise anterior da agressão do estado sionista de Israel ao povo palestino. Este é o mais importante acontecimento a nível internacional do momento. O caso é tão grave que a guerra da Ucrânia passou para o segundo plano. Talvez porque esta guerra já esteja perdida e a grande chance de o império ganhar alguma coisa é no mundo árabe. Há vários fatores que lhes são favoráveis.

Em primeiro lugar existe uma certa antipatia para com os movimentos árabes, diante das ações de fanatismo religioso que temos assistido, como os atentados realizados nos países europeus e as ações irracionais das tais brigadas islâmicas que investem contra obras de arte, reuniões civis, templos religiosos, pessoas etc. Todos ainda estão lembrados dos atos terroristas do Estado Islâmico e das execuções transmitidas ao vivo para todo o mundo, bem como da demolição de monumentos de grande valor histórico.

Por outro lado, todos também se lembram das perseguições que os judeus sofreram durante decênios e a maior delas, feita pelos nazistas durante a segunda guerra mundial, conhecida como o holocausto, bem como dos terríveis sofrimentos praticados nos campos de concentração e extermínio, coisa que os judeus fazem questão de relembrar e não deixar esquecer. Junte-se a isto o poder econômico concentrado nas mãos dos judeus em todo o mundo, o que lhes dá uma grande capacidade de influir nas ações dos governos, na propaganda e na mídia.

 É preciso lembrar ainda a ideologia sionista que, explorando a religiosidade do povo judeu, há mais de um século une e mobiliza toda a etnia espalhada pelo mudo no ideal de construir uma pátria, um país judaico sob o seu controle total. Não é por acaso que, por razões religiosas, escolheram a Palestina como a “terra prometida”. Em torno deste objetivo, tudo se torna possível e permitido. Afinal, o “povo de Deus” deve ser conduzido de volta ao território onde habitou há séculos e de onde foi expulso.

Os atentados feitos pelo Hamas não passaram de um pretexto para a continuação, por meios mais eficientes e rápidos, do extermínio dos palestinos, tratados como animais. O Estado de Israel, não é mais do que um Estado sionista, fascista, racista cuja intenção é exterminar o povo palestino. E isto está ocorrendo com a colaboração dos Estados Unidos, apoiados pela culta União Europeia e com a conivência de vários países do mundo.

O pior é que, como dissemos na análise anterior, o primeiro abacaxi caiu no colo do Brasil, presidente atual do Conselho de Segurança da ONU. Apesar da habilidade da diplomacia brasileira de costurar uma resolução capaz de ser aprovada, nada foi conseguido. Os americanos, usando a sua costumeira truculência estúpida, e em apoio ao seu aliado Israel, usaram o seu direito de veto. Com apenas 1 voto contra, a resolução proposta foi bloqueada.

Estamos assistindo ao genocídio de uma população, pelo Estado sionista de Israel. Até parece que os sionistas aprenderam com os nazistas os métodos que foram utilizados contra eles. E, com exceção de alguns protestos de intelectuais e de manifestações em alguns países, o agressor, que há mais de 56 anos ocupa os territórios da Palestina, mesmo contra as decisões da ONU, encontrou o momento ideal para implementar seus projetos. Se nada for feito, Israel dominará totalmente a Palestina e a população árabe lá residente, será expulsa ou exterminada.

Quem, afinal, é o terrorista? O Hamas ou o Estado de Israel?

Estamos assistindo à agonia do império americano, mas o preço que a humanidade está pagando é muito alto. Esta nova guerra que, segundo os sionistas israelenses, será longa, trará novas perturbações à economia mundial e certamente nós, brasileiros, seremos envolvidos. Existe a possibilidade de a conflagração expandir-se para outros países, incluindo o Irã, único que tem condições militares de confrontar Israel. Convém lembrar que é nesta região que se encontra o maior núcleo produtor de petróleo do mundo.

Lamentavelmente, até agora, a barbárie está sendo vitoriosa.


[i] Economista, Professor Emérito da UFPB e Vice Coordenador do Progeb – Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira; nelsonrr39@hotmail.com; (www.progeb.blogspot.com). Colaboraram os pesquisadores: Guilherme de Paula, Gustavo Figueiredo, Helen Tomaz, Letícia Rocha e Raquel Lima.

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